O uso de
drogas matou 40.692 pessoas no País entre 2006 e 2010, uma média de 8 mil
óbitos por ano. Estudo sobre mortes por drogas legais ou ilegais, registradas
no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde,
mostra que o álcool é o campeão na mortandade.
O
levantamento feito na base de dados do Datasus, obtido pelo Estado, informa que
a bebida tirou a vida de 34.573 pessoas 84,9% dos casos informados por médicos
em formulários que avisam o governo federal sobre a causa da morte nesse grupo
da população. Em segundo lugar aparece o fumo, com 4.625 mortos (11,3%). A
cocaína matou pelo menos 354 pessoas no período.
Feita
pelo Observatório do Crack, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a
pesquisa aponta que, na comparação por gênero, há mais registros de morte de
homens por álcool e fumo. Em cinco anos, 31.118 homens perderam a vida por
causa da bebida. Outros 3.250 morreram em casos associados diretamente ao
cigarro.
Na
comparação da devastação por Estado, os mineiros lideram as mortes por álcool,
com 0,82 morte para cada 100 mil habitantes, seguidos pelos cearenses, com 0,77
morte/100 mil pessoas. Depois aparecem os sergipanos, com 0,73/100 mil. São
Paulo registra 0,53 morte para cada 100 mil habitantes.
O
levantamento da CNM revela que em São Paulo houve 1.120 vítimas do uso abusivo
do álcool em 2006. Em 2010, porém, o sistema registra uma queda de 14% nas
informações. O SIM alcança 979 pessoas mortas por consumo de bebida. O Estado
que menos apresenta perda de vidas por álcool é o Amapá: quatro em 2006, dez em
2009 e cinco em 2010.
Quando a
causa do óbito é o fumo, o campeão de mortes de usuários é o Rio Grande do Sul.
A taxa de óbitos pelo tabaco chega a 0,36 para cada 100 mil. A seguir aparecem
Piauí e Rio Grande do Norte, ambos com 0,33/100 mil.
A duas
principais drogas legalizadas no País, álcool e fumo, juntas, segundo o estudo,
mataram 39.198 pessoas em cinco anos. ou 96,2% do total.
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