Em reunião com o secretário executivo do
Ministério da Agricultura (Mapa), José Gerardo Fontelles, em Salvador, o
secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, reiterou o pedido dos
agricultores de inclusão do cacau na Política de Garantia de Preço Mínimo
(PGPM) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além do aumento do preço
mínimo do sisal - hoje de R$ 1,24 e a implantação da subvenção econômica direta,
como já acontece com a cana.
“Entendemos que o sisal é uma das
culturas símbolo de resistência à seca, terrivelmente afetada pela pior seca
dos últimos anos e precisa de um alento para recuperação da lavoura”, disse o
secretário durante o encontro, na terça-feira (21), no gabinete da Seagri.
A subvenção, segundo Salles, é um prêmio
pago diretamente ao produtor que, no caso da cana de açúcar, o governo federal
concede subsídio de R$ 12 por tonelada para os produtores prejudicados pela
seca no Nordeste, região responsável por cerca de 10% da produção brasileira.
“A medida permite que o produtor aplique diretamente o recurso na lavoura,
gerando aumento da competitividade”.
Custo variado - A inclusão do
cacau no PGPM foi apresentada ao Mapa há cerca de um mês. Segundo Fontelles,
para o preço mínimo, o critério utilizado é o custo variado de produção
(semente, fertilizante). Não entra nesse calculo os custos fixos, como terra.
Segundo ele, “já existe um esboço sendo trabalhado no caso do cacau, mas no caso
do sisal, no fundo será feito apenas uma atualização, porque já existe”.
Fontelles explicou ainda que, esta
semana, será realizado um encontro com a indústria para estimar a necessidade
das processadoras e poder definir as tarifas de importação e o prazo do
drawback, para o caso do cacau, com o objetivo de firmar um acordo entre o
produtor e a indústria.
22/05/13
Rãs/is