9 de março de 2013

Deputado e pastor diz não ter vergonha de pedir dinheiro a fiéis


Réu no Supremo Tribunal Federal em um processo por estelionato e alvo de inquérito por crime de homofobia, o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), diz que vai agir como "magistrado" na função, apesar de suas posições contrárias à união civil de pessoas do mesmo sexo e ao aborto. Pastor da Assembleia de Deus, Feliciano afirma não se envergonhar de pedir dinheiro a fiéis - "Partidos também vivem de doações" - e diz que vai montar um "dossiê com agressões e ameaças de morte" contra sua pessoa.
Sua eleição na comissão foi polêmica, deputados saíram durante a escolha de seu nome...
É um pessoal que não aceita ser derrotado, principalmente no voto. Eu fui eleito legitimamente, com 11 dos 18 votos da comissão. A briga se tornou uma questão política. Para eles, é muito constrangedor, principalmente para o PT. O que levou o PT ao governo e ser a força que é foram os movimentos sindicais, os movimentos contra a desigualdade. E de repente eles abandonam a Comissão de Direitos Humanos. Abandonam politicamente porque o PT ficou com outras comissões e deixou essa de lado.
Seu partido, o PSC, não reivindicou o comando dessa comissão?
O PSC jamais ia ficar com essa comissão. Nós tínhamos outro acordo com o governo, que era a Comissão de Fiscalização e, na última hora, não nos deram essa comissão. Na partilha da proporcionalidade, sobrou a Comissão de Direitos Humanos. Nunca fomos atrás, nunca brigamos por isso, nunca imploramos. Essa comissão foi 18 anos do PT. Eles estão constrangidos porque o partido que tinha como bandeira os direitos humanos de repente esqueceu, deixou de lado sua bandeira. Agora, o PSC não vai fazer nada diferente do que estava sendo feito na comissão.
Há projetos sobre direitos dos homossexuais na comissão, como o que inclui na situação jurídica de dependente para fins previdenciários o segurado do INSS ou o servidor homossexual. O sr. vai barrar esses projetos?
O presidente da comissão é só um moderador, um magistrado. Posso até divergir sobre alguns pensamentos. Mas, como magistrado, eu coloco tudo em votação. Na hora da discussão, se eu achar cabível, coloco alguém no meu lugar na presidência e vou para o plenário discutir o assunto. Tudo vai para votação, e vence o que tiver maior número de votos.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) denunciou a existência de acordo entre evangélicos e ruralistas para dominar a Comissão de Direitos Humanos e, dessa forma, brecar projetos que afetam interesses do agronegócio.
Os evangélicos estão em todos os partidos. Na verdade, foi uma articulação política com todos os partidos. Isso não procede. Os direitos dos índios, dos quilombolas, das mulheres, das crianças, dos homossexuais, os direitos de todos, serão preservados dentro da comissão. Tudo vai para o voto.
Hoje, a maioria dos integrantes da comissão é evangélica. A comissão se transformou num reduto de evangélicos?
Não vejo ali evangélicos, católicos, espíritas. Vejo deputados eleitos pelo voto popular. Política é articulação. Vencem os que se articulam melhor. Tenho certeza que os deputados que vão para a comissão vão cuidar de tudo de maneira bem humana. Somos sensíveis, somos cristãos, acima de tudo. O que não podem é tentar rotular a gente de fundamentalista, reacionários.
O sr. é autor de projetos polêmicos, como o que tentava sustar a decisão do Supremo que autoriza união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Era um projeto assinado por mais de 70 deputados. Todavia, não prosperou, foi considerado improcedente pela mesa. Esse projeto não existe mais.
O que o sr. tem a dizer sobre o vídeo, publicado na internet, em que sr. pede dinheiro a fiéis?
Não me envergonho, eu sou crente, sou evangélico. Nossas igrejas vivem de doações, como a Igreja Católica e todos os movimentos que precisam do amparo das pessoas. Os partidos políticos precisam das doações dos seus fiéis. O petista doa uma porcentagem do salário ao partido. Não me envergonho disso. Usaram esse vídeo para tentar me difamar.
O sr. é réu por estelionato e é alvo de inquérito por homofobia.
Sou um ser humano, e todo ser humano tem defeitos. O primeiro processo, de estelionato, corre há muitos anos. O dinheiro já foi devolvido com juros e correção monetária. Continua no tribunal porque a pessoa quis usar de má-fé e me extorquir. Deixamos para a Justiça julgar. A acusação de homofobia veio com a de racismo. Já fui julgado pela de racismo e absolvido por 7 a 0. Nenhum ser humano pode ser medido por 140 caracteres. Se ofendi alguém, que me perdoe em nome de Jesus. Não foi minha intenção.
O sr. foi hostilizado nas ruas?
Sou vítima de um furacão, de um partido que ficou transtornado porque perdeu uma comissão que eles mesmos não valorizaram na hora da partilha política. Ontem (anteontem), eu fui em outra cidade e fui hostilizado na entrada da igreja por ativistas, que vêm com palavrões, xingamentos. Eles articulam para tentar ganhar tudo no grito e com violência. Tenho sido atacado na internet, recebendo ameaças de morte. Estou levantando um dossiê para levar isso para a Polícia Federal.

Fonte: Estadão

Egípcio morre em confronto com a polícia após pena de morte a 21 réus


Um manifestante egípcio morreu neste sábado (9) em um confronto com a polícia perto da praça Tahrir, no Cairo, após um tribunal do país confirmar a sentença de morte contra 21 pessoas por participação em um motim no estádio de futebol de Port Said em 1º de fevereiro de 2012, quando 74 torcedores morreram.
A decisão já havia sido anunciada em janeiro, mas foi anunciada neste sábado. Fontes de segurança informaram à agência de notícias Reuters que a pessoa morreu pelos efeitos de uma bomba de gás lacrimogêneo. Outros 65 indivíduos envolvidos no protesto ficaram feridos, alguns por balas de borracha.
Segundo o chefe dos serviços de emergência egípcios, Mohammad Sultan, a vítima morreu asfixiada dentro da ambulância que a transportava após ter aspirado o gás usado pelas forças de segurança, que enfrentam centenas de manifestantes revoltados.
Segundo a agência France Presse, um manifestante teria sido morto por bala de fogo em um confronto com a polícia. Mas ainda não está claro se seria a mesma vítima.
A televisão estatal do Egito também exibiu imagens de manifestantes levados em ambulâncias.
O veredito anunciado nesta manhã enfureceu milhares de torcedores, que atearam fogo à Federação Egípcia de Futebol e a um clube da polícia próximo na manhã deste sábado. Dois helicópteros do Exército foram usados para apagar o fogo.
Apesar de o caso envolver torcedores de dois times de futebol rivais, o Al-Ahly e o Al-Masry, os protestos têm ganhado um caráter político, pois muitos moradores culpam a polícia de ter apoiado a violência no ano passado.
Os confrontos, que ocorrem entre grupos de jovens e policiais há várias semanas, foram retomados depois que um tribunal do Cairo condenou, além das 21 pessoas à morte, 24 a penas entre um ano de prisão e sentença perpétua. Outras 28 foram absolvidas.
Incêndios
A sede da Federação Egípcia de Futebol e parte de um clube da polícia foram incendiados por torcedores do clube Al-Ahly na manhã deste sábado (9) no Cairo, logo após a confirmação da sentença de morte para os 21 acusados.
Os bombeiros tentaram apagar as chamas que se propagavam pelo edifício da federação de futebol, localizado no mesmo bairro que o clube da polícia. Dois helicópteros do Exército também foram usados ​​para combater o fogo.
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas nos protestos, segundo informou um funcionário do Ministério da Saúde egípcio à agência estatal de notícias Mena.
Entenda o caso
A tragédia aconteceu durante um jogo entre os times Al-Masry e Al-Ahli no estádio de Port Said. Quase no fim da partida, quando o Al Masry, mandante do jogo, vencia por 3 x 1, torcedores do Al-Ahli abriram cartazes com ofensas ao Al-Masry, e um deles entrou no campo com uma barra de ferro.
A torcida do Al-Masry reagiu invadindo o gramado e agredindo os atletas do Al-Ahli, e depois voltaram às arquibancadas para bater em torcedores rivais. Segundo testemunhas, a maioria das mortes foi de pessoas pisoteadas pela multidão ou que caíram das arquibancadas.

Jovem chora por colega morto em confronto com a polícia no Cairo neste sábado (Foto: Nasser Nasser/AP)
Fonte: G1

8 de março de 2013

Sucuri gigante é fotografada em rio na fronteira do Acre com a Bolívia


Imagem foi registrada no Rio Abunã.Presença do animal é comum na região.Uma cobra Sucurujuba (a popular sucuri), medindo aproximadamente 10 metros, foi fotografada no último sábado (2) por um caçador no momento em que se movimentava pelo leito do rio Abunã, na fronteira do Brasil com a Bolívia, na região do município de Acrelândia, situado a 111 km de Rio Branco, capital do Acre. (Foto: Samuel Dominguez/Arquivo pessoal).

Da Bahia para o Rio de Janeiro: Enfermeira amplia campo de atuação levando bem estar às empresas por meio da dança


Atividade de Shiela Neves na Bahia - FOTO Raphael Barreto
Uma enfermeira comprometida com sua função social aproveita a criatividade para se destacar na área de saúde e do bem estar corporativo. A carioca Sheila Neves, radicada em Salvador, leva para empresas e outros espaços o seu projeto motivacional, em uma proposta que envolve a dança livre, usando várias técnicas dos povos tradicionais, como a dança secular, a do sagrado feminino, e a própria roda de samba, que é bem brasileira. Sheila segue para o Rio de Janeiro, onde cumprirá agenda neste domingo (10), na Praia da Bica, na Ilha do Governador.

No Rio de Janeiro, Sheila vai apresentar uma atividade que chama de Ciranda das Emoções, da qual podem participar homens, mulheres e crianças de todas as idades. “Essa ação é ideal para fazer em uma empresa ou até em família. Os participantes usam cartões de empoderamento com fotos e frase motivacionais, que ajudam a compor a minha roda. É um trabalho incomum, mas muito legal, lúdico, tem dança, todo mundo canta, brinca e se diverte”, finaliza.

Segundo Sheila Neves, essas atividades envolvem o resgate da autoestima, da vontade de se exercitar, de querer melhorar alguma coisa em si.  “Logo na sequência começa a querer melhorar o próximo e até a querer melhorar o mundo. É também uma forma de tratamento da saúde mental, indicado para qualquer pessoa em qualquer idade, e como terapia complementar. Porque se a pessoa está passando por um estágio depressivo, ou alguma doença ou saudade de casa, como já aconteceu comigo quando me mudei para a Bahia, ela tem essa opção de envolvimento”, salienta a enfermeira.

Para ela, com essa ação, há ainda o resgate de emoções de forma livre e compatível com o esforço permitido pela idade e a constituição física do integrante da roda formada para a atividade. “Podemos exercitar o corpo e a mente, experimentar a confiança no outro e sentir a sua energia, podemos sentir que fazemos parte de uma unidade, de um todo, e essa sensação nos permite sentir uma energia de forças, de vida, de vontade de agir”, completa.

Formação e mais informações de Sheila Neves
Formada em enfermagem pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), desenvolveu seu trabalho em vários níveis da área hospitalar, desde a emergência até UTI neonatal, UTI cardíaca, UTI adulto, hemodinâmica, e trabalhou em lugares que lida com a vida e a morte. “Eu aplicava muito a Shantala, que é uma massagem para bebês, e só pode ser feita até o primeiro ano de idade. Então os bebês que tinham condição de receber essa massagem, que a gente fala de conforto, eles dormiam muito mais tranquilos. Não era só eu quem fazia isso, tinha colegas fisioterapeutas que também faziam. São terapias complementares, que a gente vai aprendendo ao longo da experiência na área de saúde. Eu tinha amigas médicas que faziam Reiki, por exemplo”, destaca Neves.

Assessoria de Imprensa
Fábrica de Mketing

Mulheres indígenas conquistam espaço na produção de alimentos e confecção de artesanato


Melhorar a qualidade de vida de centenas de mulheres indígenas que vivem no extremo sul do estado é o objetivo da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agricola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), por meio da Gerência Regional de Teixeira de Freitas. As aldeias das etnias Pataxós e Pataxós Hã-Hã-Hãe recebem periódicas visitas de técnicos do órgão para prestar orientação  sobre os diversos trabalhos voltados ao desenvolvimento sócio-econômico das comunidades.
Cursos sobre horticultura orgânica, culinária com produtos derivados da mandioca, doces, geleias, compotas, artesanatos feitos com penas, sementes, tecidos, materiais recicláveis e bijuterias são algumas das capacitações promovidas pela EBDA. Participam dos trabalhos aproximadamente 100 mulheres dos municípios de Alcobaça, Prado e Itamarajú.
A técnica da Empresa, Rosália Ferreira, explica que as atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para mulheres indígenas representam uma grande conquista. “Conseguimos capacitar diversas índias para executarem trabalhos que agregam renda para as famílias. O resultado pode ser visto na qualidade de vida das aldeias, onde foram concretizadas ações da EBDA”.

Agroecológica - Também são realizados trabalhos na linha agroecológica, onde são demonstradas práticas de agricultura orgânica na produção de alimentos. Cursos para cultivo de hortas, oficina de compostagem orgânica, defensivos naturais e homeopatia são algumas das ações executadas pela EBDA, com o foco ecológico sustentável.
Segundo Rosália, “a intenção a partir dessas atividades é estimular o uso de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos e a comercialização dos mesmos, já que é um produto de excelente qualidade e cultivados por índias”. A índia Pataxó Hã Hã Hãe, Eliandes de Jesus Silva, da aldeia Renascer em Alcobaça, diz que as atividades realizadas na aldeia contribuíram bastante para o acréscimo da renda das famílias.
 Ela afirma que a comunidade aprendeu “plantar corretamente a mandioca, o milho e o feijão. Já estamos comercializando esses produtos na feira livre. A partir da capacitação da EBDA também foi possível fazer peças de artesanatos, que usamos no dia a dia e em eventos, como colares, pulseiras e tangas. Acredito que estamos caminhando para a independência financeira”.

Associação - Alface, cenoura, quiabo, plantas medicinais, couve, coentro, entre outras leguminosas, são cultivados pelas mulheres pataxós. O trabalho é realizado em família. Todos se envolvem nas atividades - filhos, netos, sobrinhos e até mesmo os esposos, que apoiam as iniciativas.
As ferramentas de associativismo e cooperativismo andam lado a lado com as indígenas dessa região, que, juntas, formaram uma associação comunitária na aldeia Renascer em Alcobaça, para as mulheres da etnia Pataxó Hã-Hã-Hãe. Reuniões para divulgação de políticas públicas para mulheres, palestras, seminários e cursos são realizados na associação. “As mulheres indígenas já possuem Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP) e conhecem seus direitos”, enfatiza a técnica Rosália Ferreira.

Dia Internacional das Mulheres: Direitos ao corpo e à vida


Mais uma vez cito uma escritora para saudar o importante mês de março que outrora se inicia. Ensinou-nos Clarice Lispector que Liberdade é pouco, o que as mulheres querem ainda não tem nome. Escrevo para saudar esse mês de luta das mulheres e para reafirmar nosso compromisso com a construção de um mundo mais justo, mais humano e mais igual, portanto, um mundo onde as mulheres e homens caminhem lado a lado e com as mesmas condições de vida.

O 8 de março, dia internacional da mulher se estabeleceu como dia de luta pela memória de uma injustiça cometida contra mulheres trabalhadoras de uma fábrica têxtil norte-americana e por um conjunto de outras lutas feministas que se somaram e elevaram a luta das mulheres a condição mais humanizada e digna. A injustiça contra as mulheres é uma prática antiga na história da humanidade. Ao se erguer a primeira cerca, ao estabelecer a primeira propriedade confinamos a mulher ao mundo privado, a condição de propriedade, de extensão das posses de um indivíduo.

Ao longo dos anos, elas encontraram formas de se libertarem das amarras da propriedade e do capital e conquistaram muitos direitos. O direito ao voto, o direito ao trabalho digno e legalizado, a licença maternidade, políticas específicas de saúde entre tantas outros. Porém, ainda não é motivo de comemoração o 8 de março. Cada rosa vermelha entregue neste dia deveria ser acompanha de um sentimento de gratidão e de saudação a coragem que elas têm. Infelizmente os índices sociais nos apresentam dados assustadores.

A violência doméstica ainda faz vítima a cada 5 minutos no Brasil. A Lei Maria da Penha, uma vitória delas, ainda encontra dificuldade para ser implementada, seja pela incompreensão, seja pelo machismo de quem aplica, seja pela falta de equipamentos públicos que garantam o acolhimento e o atendimento das mulheres em situação de violência. Nós homens temos responsabilidade nisso. Como bem tem afirmado a Secretaria Nacional de Política para as Mulheres e a ONU Mulheres em sua campanha, “Homem de verdade não bate em mulher”.  Somo-me a estes e reafirmo o laço branco, campanha de homens pelo fim da violência contra a mulher, como compromisso de juntos construirmos o combate à violência sexista.

Além da campanha do laço branco, apresentamos indicações como a extensão da licença maternidade de 180 dias para as servidoras públicas do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). Mas isso não basta, é preciso mobilizar as empresas privadas para que também concedam esse direito a todas as trabalhadoras baianas. É preciso também que avançar no caminho para ampliar a licença paternidade. É preciso dividir as responsabilidades dos cuidados com nossos filhos, nossa casa e nossa família com elas, já que conosco elas já dividem as demais responsabilidades.

A estrutura política brasileira também é um reflexo fiel dos valores machistas patriarcais estruturados histórica e culturalmente em nossa sociedade. A estrutura política que temos hoje não permite que as mulheres disputem em condição de igualdade com os homens, ainda mais quando falamos de mulheres negras e pobres do campo e da cidade. Podemos tirar como exemplo essa nossa Casa. A reforma política, o financiamento público de campanha e as listas paritárias alternadas são fundamentais para garantir a real democracia representativa.

Nos 10 anos de governo federal do Partido dos Trabalhadores prezamos por construir políticas que levassem a autonomia econômica; o direito à saúde, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos; uma educação inclusiva e não sexista; o direito a uma vida sem violência e discriminações; o acesso e a participação das mulheres nos espaços de poder e de decisão. Felizmente a garantia de inclusão produtiva das mulheres camponesas e urbanas, a priorização das titulações de mulheres nos programas sociais, o programa de enfrentamento ao tráfico de pessoas, de combate a exploração infantil, já são uma realidade que contribuem para melhorar as condições de vida das mulheres.

Na última década diminuiu a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Do ponto de vista do trabalho as mulheres cresceram 83% a mais que na década passada e os homens tiveram um crescimento de 45%. Ou seja, as mulheres cresceram quase o dobro dos homens. Claro que ainda há muito por fazer e todo 8 de março, todo o mês de março é para lembrarmos desse compromisso de lutar por mais que liberdade, por mais que direitos, por mais que autonomia e por aquilo que ainda nem tem nome para que as mulheres sejam elevadas a condição de igualdade em nossa sociedade.

Assim saudamos as lutadoras do povo, que buscaram autonomia sobre seus corpos e suas vidas afirmando no campo e na cidade que as mulheres em movimento mudam o mundo! Dandara, Acotirene, Luiza Mahin, Maria Quitéria, Mãe Stela, Ana Montenegro, Leila Diniz, Rosa de Luxemburgo, Margarida Maria Alves, Dorcelina Folador e tantas outras que ousaram lutar contra todas as formas de opressão, presentes!

*Marcelino Galo é deputado estadual do Partido dos Trabalhadores

ACM Neto anuncia mudança do Centro de Referência Loreta Valadares


O prefeito ACM Neto visitou hoje (8), Dia Internacional da Mulher, o Centro de Referência Loreta Valadares (CRLV), onde anunciou o fortalecimento dos atendimentos oferecidos no local. Uma das mudanças é a transferência da sede do CRLV, que passará a funcionar nos Barris. O imóvel onde o centro deverá ser instalado já foi pré-selecionado e prevê reforço na estrutura para permitir aumento no número de atendimentos às mulheres vítimas de agressão em Salvador.
  
Na oportunidade, ACM Neto também solicitou à superintendente de Políticas para as Mulheres, Mônica Kalile, que procure a Defensoria Pública no sentido de ampliar a assistência jurídica às mulheres vítimas de agressão na cidade. A ideia do prefeito é celebrar um convênio com a instituição para reforçar o atendimento que já é oferecido no CRLV e permitir que casos de violência tenham o encaminhamento jurídico merecido.
  
AGECOM Salvador 

6 de março de 2013

Universidade Federal do Sul da Bahia inicia atividades em 2014


           A partir de 2014, cerca de 14 mil estudantes baianos serão beneficiados com a implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSBA) nos territórios de identidade do Extremo Sul, Costa do Descobrimento e Litoral Sul. Em 2020, quando chegar à sua plena capacidade, a instituição terá 18 mil alunos, em 57 cursos de graduação e 38 de pós-graduação.
          Esta foi a projeção apresentada nesta terça-feira (5) ao secretário estadual do Planejamento, Sérgio Gabrielli, pelo presidente da comissão de implantação da UFSBA, Naomar Almeida, durante encontro no gabinete do secretário, em Salvador. Ele expôs os diferenciais da nova universidade, que aguarda aprovação do projeto de lei que deverá ser votado ainda no mês de abril deste ano.
           “As atividades e programas de ensino cobrirão uma região composta por 48 municípios, possibilitando assim cobrir a defasagem na oferta de vagas para a educação superior na região”. Disse Naomar.
            Para o secretário Gabrielli, com a iniciativa, os municípios deverão se mobilizar por meio de consórcios públicos, a fim de viabilizarem o transporte e moradia adequada aos futuros estudantes universitários. “Vamos estudar a possibilidade de estender a rede de alta velocidade para a região, visto que uma parte significativa dos cursos serão ministrados através de ambientes virtuais de aprendizagem”, pontua Gabrielli.
            A implantação estará dividida em três ciclos. O primeiro, com início no próximo ano, oferecerá bacharelados e licenciaturas interdisciplinares. Na segunda etapa está prevista a graduação nas engenharias, bacharelados em artes, bacharelados profissionais e cursos profissionais. Por fim, o terceiro e último ciclo, prevê a implantação de mestrados e doutorados.


Pas/rn-05.03.13

4 de março de 2013

Dilma promete interligação do São Francisco até 2014


Em meio à polêmica sobre o atraso e disparada nos custos da transposição da bacia do Rio São Francisco, a presidente Dilma Rousseff prometeu em discurso, durante visita às obras do canal Acauã-Araçagi, em Itatuba (PB), que irá entregar as obras de interligação naquele Estado até 2014. Segundo ela, toda a obra será encerrada até 2015. "O Rio São Francisco é a fonte de água que resolverá o problema da região do semiárido e a Paraíba é um dos maiores beneficiários da interligação", disse. "Eu assumo o compromisso de que até 2014 entregaremos uma parte dessa interligação, bem como ela estará concluída até 2015", completou.
Dilma admitiu que a obra principal de transposição na bacia não irá resolver o problema de abastecimento de água no Nordeste e considerou necessárias as chamadas "obras estruturantes" para levar a água dos canais até a torneira dos moradores. "A interligação, que é estratégica, por si só não resolverá o problema de água. Por isso, para cada R$ 1 na interligação, temos de colocar R$ 2 nas obras estruturantes para a água chegar às casas", afirmou.
A presidente voltou a cobrar projetos para obras e reafirmou que a falta deles é que é o problema, e não os recursos financeiros. Dilma retomou ainda o discurso de parceria com empresários e políticos, nesse caso para levar o abastecimento de água para todo o Nordeste. "Ficamos 500 anos sem resolver o problema da água e nossa geração vai resolver esse problema da água, que é um dos desafios", afirmou.
"Não temos tecnologia para controlar clima e chuvas, mas temos dinheiro e tecnologia para os projetos estruturantes para assegurar que o Nordeste seja uma das regiões que tenha crescimento acelerado e seja a região que terá desempenho econômico mais expressivo do Brasil", concluiu.
  Fonte: Estadão

3 de março de 2013

Vaqueiro impedido de virar empreendedor resolve protestar contra Coelba e Aneel realizando viagem de cavalo de Itaetê a Salvador


Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) baixa o preço da energia elétrica para fortalecer as indústrias e a economia, a Coelba e a Aneel vão na contramão das medidas adotadas pelo governo federal. De Itaetê, uma pequena cidade da Chapada Diamantina, onde as oportunidades de emprego são restritas ao funcionalismo público municipal e alguns estaduais, observa-se um exemplo que revolta, indigna e que aponta a superação de um jovem empresário. Gardel de Jesus Carneiro decidiu viajar a cavalo de Itaetê para Salvador, onde pretende protestar na grande mídia e na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) contra o descaso que a Aneel, com sua Resolução 414, art. 42 e 43, e contra a forma como a Coelba vem tratando um pedido de energia para o funcionamento de uma empresa em Itaetê.

Gardel Carneiro saiu no sábado (2) do município de Itaetê e segue para Salvador. Neste domingo (3), ele informa que está em Marcionílio de Souza. “Cheguei na madrugada deste domingo, por volta da 1h da manhã, vou descansar para retomar na segunda às 4h essa viagem para a capital”. A resolução que Gardel contesta determina que a Coelba seja a responsável pela ligação de novos pedidos para unidades com fornecimento de alta tensão, unidades consumidoras em tensão secundária com carga instalada maior de 50kW, assim como aumento de carga e a eventual participação financeira do solicitante.

Entretanto, não foi isso o que aconteceu e o empresário iniciou uma luta que começou no dia 28 de agosto de 2012 por meio da nota de solicitação de número 9100384560. E a Coelba não executou a obra, forçando o fechamento da empresa antes mesmo do funcionamento de todas as máquinas já instaladas. “Nosso protesto visa mobilizar a mídia e a sociedade para que outras pessoas não passem pelo que eu e minha família estamos passando, além de mais de 80 empregos diretos e indiretos que poderiam ser gerados, para melhorar a vida de muitas pessoas”, alega o empresário.

A empresa foi criada em 21 de dezembro de 2009, e a Licença Ambiental foi expedida em 8 de agosto de 2011, com a documentações trabalhistas e outras também em dia, a empresa está com sua estrutura pronta para funcionamento inclusive a estrutura física desde 5 de maio de 2012 e foi montada pela ASSTEC-SOUZA, (Máquinas e Serviços para Cerâmica) da cidade de Feira de Santana. “A empresa não está funcionando graças à Coelba e à Aneel com suas burocracias e descasos, e que têm como responsáveis pessoas que não atendem aos clientes com o devido respeito. Estes burocratas ficam em suas salas com ar-condicionado e nos tratam como se nós não merecêssemos o devido respeito”, dispara empreendedor Gardel Carneiro.

Redação do Jornal da Chapada

Poste da Coelba assusta moradores da Vila Santa Izabel


Um poste na rua Ranulfo Dantas, na Vila Santa Izabel, distrito de Ibicaraí, tem causado preocupação aos moradores daquela localidade. O poste fica na parte de cima de um barranco e vem inclinando ao longo dos anos. Aidê Ribeiro da Silva mora há 11 anos ao lado do poste e teme por sua vida. “Já não sei mais para quem reclamar, durmo assustada e durante o dia, todo ou qualquer barulho, já me deixa apavorada. Esse poste fica ao lado da minha casa em um barranco que está se desmanchando. Será que só vão tomar uma providência quando acontecer uma desgraça?”, disse Aidê.

Aidê Ribeiro da Silva
Antônio Ribeiro da Silva
O senhor Antônio Ribeiro da Silva, morador da rua Gerson Bezerra 55, irmão de Aidê, teme pela vida da irmã e lembra que na mesma rua encontra-se o colégio municipal Eunice Dias, e que durante todo o dia crianças transitam pelo local sem nenhuma segurança.
Maria José Conceição da Silva, moradora da rua João Tomaz Bispo, relatou que já foi pedido à Coelba uma grade de proteção ao redor do poste e novos cabos para segurar o mesmo. “Fico preocupada porque essa rede corta toda a extensão da rua que eu moro e com certeza se cair lá, vai atingir aqui também”, disse Maria José.

Rua João Tomaz Bispo
Colégio municipal Eunice Dias
Moradores contam que, há exatos oito meses, um homem que estava bêbado tentou subir no poste e foi eletrocutado, morrendo no local.
Outro problema apontado por muitos moradores é que alguns trabalhadores da zona rural costumam fazer compras na Vila Santa Izabel nos finais de semana e terminam deixando seus animais amarrados no local, pois não existe nenhuma sinalização de perigo no local.
A comunidade pede que a Coelba tome medidas de segurança antes que aconteça uma tragédia.
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Texto e fotos: Arnold Coêlho