2 de janeiro de 2013

Projeto da ponte Salvador-Itaparica será licitado em 2014


O sonho de uma conexão rápida e alternativa de Salvador com o Recôncavo e as regiões sul e oeste da Bahia será concretizado. No cronograma previsto pelos técnicos da Seplan, o projeto da ponte Salvador-Itaparica, que integra o Sistema Viário Oeste (SVO), será licitado no primeiro semestre de 2014 e concluído em 2018. Um passo importante é a contratação, já no início de 2013, de uma consultoria para concluir os estudos e lançar o edital de licitação. O investimento estimado é de R$ 7 bilhões, o que engloba a construção da ponte, duplicação das rodovias, desapropriações e investimentos em infraestrutura.
Em sua concepção, a ponte terá aproximadamente 12 quilômetros, com um total de seis faixas de tráfego e duas pistas de acostamento, o que garantirá melhores condições de mobilidade, segurança e nível de serviço em longo prazo.
A expectativa é que haja um novo impulso ao eixo litorâneo sul, permitindo a criação de um novo polo industrial e logístico no Recôncavo, ancorado por investimentos já em curso (estaleiros em São Roque do Paraguaçu) ou projetados (nova retroárea do porto de Salvador).

A Bahia tem grandes perspectivas para 2013


Segundo o secretário, a atividade econômica na Bahia será mais intensa em 2013 do que foi em 2012, tanto do ponto de vista dos investimentos, quanto do ponto de vista do consumo.
“Não teremos o elemento redutor do crescimento, a seca. Não teremos também a dificuldade de crescimento industrial decorrente dos impactos da crise internacional na indústria do Centro-Sul brasileiro, uma vez que as políticas de estímulos do governo federal devem provocar uma recuperação do crescimento dessa indústria. Por fim, o Estado está duplicando os investimentos, prioritariamente na área de infraestrutura de transportes e logística, segurança pública (Pacto pela Vida), bem como saneamento e abastecimento de água”, destacou Gabrielli.
Outra tendência para 2013 é a ampliação do número de empregos criados em relação a 2012. Com a continuidade da política de distribuição de renda, os setores de comércio, serviços e construção civil, principalmente no interior, devem se manter aquecidos. Por outro lado, se  olharmos para outros segmentos, tivemos dois elementos importantes nos últimos anos: o crescimento do empreendedorismo individual, que já superou a marca de 200 mil baianos, e das micro e pequenas empresas, particularmente nas cidades pequenas e médias, que geram um conjunto de ocupações que não se reflete necessariamente em carteiras assinadas”, declarou o secretário.

pas/om          2.1.13

Apesar da seca, economia baiana cresce em 2012


Em 2012, a vida de três milhões de baianos em 266 municípios foi diretamente afetada pela pior seca dos últimos 50 anos, que reduziu rebanhos e lavouras. Para minimizar os efeitos da estiagem que atingiu aproximadamente 71% dos produtores rurais, o governo da Bahia adotou medidas estruturantes e remediadoras que visaram melhorar as condições de convivência com esse fenômeno natural e cíclico.
Na condução da política econômica, territorial e estratégica do governo, a Secretaria do Planejamento (Seplan), por meio da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), estimou os impactos econômicos da estiagem entre 2,6% e 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) baiano, o que significa uma variação entre R$ 1,3 bilhão e R$ 2,7 bilhões. Apesar do montante, a economia baiana é bem maior, aproximadamente R$ 190 bilhões, sendo que o setor agropecuário representa menos de 8% do PIB estadual.
Neste ano, fruto do trabalho em execução, a Seplan elaborou o maior orçamento da história, atingindo R$ 35,1 bilhões. O orçamento de 2013, aprovado pela Assembleia Legislativa, tem como destaque o crescimento de 98,8% no volume de investimentos, que saltou de R$ 2,15 bilhões, em 2012, para R$ 4,28 bilhões.
Este aumento, de acordo com o secretário José Sergio Gabrielli, foi viabilizado pela ampliação da margem de operações de crédito do Estado, que teve um volume de recursos captados de R$ 3,92 bilhões (47% a mais que em 2012). No total, serão R$ 4,28 bilhões aplicados, prioritariamente na área produtiva, onde se pretende criar novos postos de trabalho e gerar renda para a população. O setor de transportes, por exemplo, será beneficiado com R$ 854 milhões, 213% a mais do que em 2012.
O secretário observou também que a área social se mantém como uma prioridade na gestão do Estado. Por isso, essa foi a área contemplada com 60,4% do total de recursos orçados para 2013, ou seja, R$ 20,9 bilhões, o que representa um incremento de 22,2% em relação a 2012.

Bahia Pesca vai realizar pesquisa com o peixe panga


A Bahia Pesca contratou o pesquisador Fernando Kubitza, PhD em aquicultura e especialista em nutrição e produção de peixes, para realizar estudo preliminar sobre a criação do peixe panga no Brasil. O objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da produção desta espécie criada em vários países, principalmente no Vietnã.
O assessor técnico da Bahia Pesca, Eduardo Rodrigues, informou que no Brasil as importações do peixe panga começaram em 2009 e aumentam a taxas anuais superiores a 200%. Segundo avaliações, em 2012, houve um volume de importação superior a 35 mil toneladas do filé, o equivalente a 80 mil toneladas do peixe inteiro.
O preço baixo do filé do panga (que pode ter valoração muito distinta, dependendo da qualidade do filé e do nível de inclusão de água no produto, que pode chegar a 40%) foi um fator decisivo para o sucesso do produto junto aos consumidores no Brasil, a exemplo do que tem ocorrido em outros países.
Rodrigues disse que, com relação à viabilidade técnica, devem ser observados os insumos investidos na produção, custos da mão de obra e produtividade da espécie em tanques-rede e tanques escavados.
Na área econômica, será analisado se o custo da produção do panga fica inferior ao preço do peixe importado. Já na área ambiental, a avaliação será o impacto provocado pela introdução de uma espécie exótica no nosso ecossistema.
“O Brasil está importando o panga do Vietnã, mas a tendência é que num futuro próximo este peixe chegue aqui oriundo também de outros países”, declarou Rodrigues. Ele disse que um ponto positivo com relação ao estudo do panga no Brasil é que dará maior segurança ao consumidor quanto à qualidade do produto.


ras/om             2.1.13 

Ferrovia Oeste Leste: propriedades até Caetité já estão indenizadas


Mais de mil famílias de posseiros dos municípios de Ilhéus, Jequié, Brumado, Ibiassucê, Tanhaçu e Caetité, que ocupam terras no traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, (Fiol), já foram indenizadas pela Valec pelas áreas desapropriadas para implantação da ferrovia. Para garantir que os posseiros fossem indenizados tanto pelas benfeitorias como pela terra, o governo estadual reconheceu o direito de posse e emitiu as escrituras. Essa solução foi encontrada depois que o assunto foi debatido com a Procuradoria Geral do Estado, Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA) da Secretaria da Agricultura, e com a Valec Construção, Engenharia e Ferrovia.
Nesta quinta-feira, (27), o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, assinou centenas de escrituras, finalizando o processo que contempla os posseiros das terras localizadas no traçado da Fiol entre Ilhéus e Caetité. Para ele, “a desapropriação e indenização pelas áreas por onde a ferrovia vai passar é um passo fundamental para a concretização da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, cujas obras continuam no ritmo esperado”.
O ato de assinatura das escrituras contou com a presença da representante da Valec, Cecília Cafezeiro. O secretário lembrou que a faixa de domínio da Ferrovia de Integração Oeste-Leste é de 80 metros, (40 de cada lado), afirmando que o governo da Bahia olha com atenção a situação das propriedades ao longo do traçado da ferrovia.
A Fiol é uma das prioridades do Programa Federal de Aceleração do Crescimento (PAC) e vai ligar as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras, no estado da Bahia, ao estado do Tocantins. A construção da ferrovia permitirá a dinamização na saída da produção da Bahia para outros pólos no País, por intermédio da conexão com a Ferrovia Norte-Sul.
Serão 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014. Entre as vantagens previstas com a construção da ferrovia, estão a redução de custos do transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos pólos agroindustriais, além da exploração de minérios, aproveitando sua conexão com a malha ferroviária nacional.