O ex-secretário de comunicação da prefeitura de Porto Seguro, na Bahia, Edésio Lima Dantas, suspeito de ser o mandante da morte dos professores Álvaro Henrique e Elisney Pereira, em setembro de 2009, agora está sendo investigado por desvio de verbas.
O Ministério Público descobriu que ele movimentou mais de R$ 2 milhões entre fevereiro e maio de 2010, três meses depois de ser libertado da prisão. Os dados estão no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão de inteligência do Ministério da Fazenda.
O Ministério Público descobriu que ele movimentou mais de R$ 2 milhões entre fevereiro e maio de 2010, três meses depois de ser libertado da prisão. Os dados estão no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão de inteligência do Ministério da Fazenda.
“O que levantou a suspeita em um primeiro momento, foi um ofício encaminhado por um delegado da Polícia Federal, dizendo que a vítima, Álvaro Henrique, um sindicalista conhecido em Porto Seguro, teria comparecido poucos dias antes do seu assassinato na Polícia Federal para falar a respeito de um desvio de verbas Federal que estaria acontecendo no município de Porto Seguro. Para surpresa do próprio delegado, dois dias depois, Álvaro Henrique foi brutalmente assassinado e o relatório foi encaminhado através de um memorando ao Chefe do Departamento da Polícia Federal. Esse relatório que redundou em uma suspeita por parte do Ministério Público. O que nós chegamos a concluir é que seria incompatível a pessoa ficar presa durante oito meses e logo em seguida fazer uma movimentação na ordem de R$ 2,5 milhões na sua conta bancária. A pessoa já havia sido exonerada pelo próprio chefe do poder público municipal em razão da sua prisão”, explica o promotor de Justiça, Dioneles Santana.
No período em que Edésio trabalhou como secretário de Porto Seguro, ele recebia um salário de R$ 6 mil por mês. Ele ficou no cargo por 14 meses e o máximo que poderia ter em conta, sem gastar nada, são R$ 95 mil descontando as férias e o 13º salário.
O advogado de Edésio disse que ainda não foi informado sobre o relatório do Conselho. “Não tenho conhecimento na movimentação financeira. O que posso lhe dizer é que Edésio Ferreira Lima Dantas, ao longo de toda a sua vida sempre exerceu atividades lícitas”, disse Maurício Vasconcelos, advogado.
O relatório do Conselho foi anexado ao processo e cita Edésio como mandante da morte dos dois professores em 2009. Álvaro foi assassinado em uma emboscada na zona rural de Porto Seguro. Eles eram sindicalistas e na época estavam em negociação salarial com o município. O relatório também foi encaminhado ao Tribunal de Justiça que vai decidir a data do julgamento de Edésio e se o ex-secretário será levado a júri popular. Ele chegou a ficar preso por oito meses, mas aguarda decisão em liberdade.
O promotor Dioneles Santana afirmou ainda que tanto a polícia federal quanto a polícia civil sabiam dessa denúncia de que Edésio desviava verbas públicas. Segundo ele, Álvaro Henrique esteve com o delegado da Polícia Federal, Bernardo Cunha Barbosa, dias antes de morrer. Na época o delegado relatou a denúncia do professor em um documento enviado à polícia civil, que alega não ter investigado o caso por se tratar de desvio de verbas federais.
O promotor Dioneles Santana afirmou ainda que tanto a polícia federal quanto a polícia civil sabiam dessa denúncia de que Edésio desviava verbas públicas. Segundo ele, Álvaro Henrique esteve com o delegado da Polícia Federal, Bernardo Cunha Barbosa, dias antes de morrer. Na época o delegado relatou a denúncia do professor em um documento enviado à polícia civil, que alega não ter investigado o caso por se tratar de desvio de verbas federais.
Do G1 BA, com informações da TV Santa Cruz
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