13 de julho de 2012

Professores recusam proposta do MP-BA e greve continua na Bahia


Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13) os professores recusaram a proposta elaborada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA)  e decidiram manter a greve. Diante desta resolução, a greve dos professores da rede estadual de ensino completa 94 dias e compromete ainda mais o ano letivo na Bahia.
Antes mesmo de se reunirem na Assembleia Legislativa, os professores já indicavam que não estavam satisfeitos com a proposta apresentada pelo órgão, que intermedeia as negociações entre a categoria e o governo. De acordo com Rui Oliveira, coordenador geral do sindicato (APLB) que falou com a imprensa antes da votação em assembleia, a greve continua porque não foram contemplados itens como a readmissão dos 57 professores exonerados e a devolução imediata dos salários cortados. Os professores voltam a se reunir em assembleia na próxima semana.
Proposta do MP-BA
Na proposta do MP-BA, os 22% de reajuste não seriam pagos este ano como querem os professores. Os dois avanços de 7% ficam mantidos - o primeiro em novembro e o segundo seria antecipado de abril para março, de 2013. Os professores em estágio probatório, aprovados em concurso, mas que ainda não têm estabilidade, estariam incluídos nas promoções. As punições aos professores seriam revistas e o pagamento dos salários cortados estariam condicionados a um plano de reposição de aulas.
Pedido dos professores
Os professores pedem reajuste de 22,22%. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio. A proposta feita pelo governo prevê reajuste salarial entre 22% e 26% por meio de progressão na carreira, através da presença regular em cursos de qualificação promovidos pelo governo. O sindicato aponta, por outro lado, que a proposta não contempla os professores aposentados, em licença médica e estágio probatório.

Fonte: G1-Ba.

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