10 de julho de 2012

Pesquisador alerta sobre riscos da concentração populacional nas cidades


Embora ocupem apenas 2% do espaço disponível no mundo, as cidades concentram metade da população mundial, o que resulta no consumo de 60 a 80% de toda a energia produzida e na emissão de 75% de gás carbono no planeta. Os dados foram apresentados na manhã desta segunda-feira (9), na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), pelo professor Carlos Machado de Freitas, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
O pesquisador proferiu a palestra ‘Cidade, Campo e Sustentabilidade’ durante o 2º Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental que começou domingo (8) e prossegue até a próxima sexta-feira (13). Ele salientou que ao longo da história, a exploração dos recursos naturais causou a degradação do meio ambiente e, com a revolução industrial, a forma como o homem se situou no planeta mudou, concentrando a população nos centros urbanos. E isso, segundo disse, causou um forte impacto ambiental.
        O pesquisador fez uma retrospectiva da expansão humana a partir das primeiras civilizações e o impacto ambiental que o aumento da população gerou para o espaço natural em cada época. “As mudanças trazem consequências graves para os humanos, principalmente para os mais pobres do planeta”, destaca o palestrante.
O principal objetivo do congresso é discutir o atual cenário de crescimento da ocupação urbana e promover o intercâmbio entre estudantes, profissionais, instituições públicas e privadas sobre o consumo dos recursos naturais e o equilíbrio com a natureza de forma sustentável.
A professora Sandra Furian (Uefs), coordenadora de Comunicação Social do evento, destaca que a proposta é, a cada ano, realizar o congresso em uma universidade do Estado que tenha cursos relacionados à engenharia ambiental.
Segundo ela, neste segundo congresso, existem quase 600 inscritos e a expectativa é “que haja grandes debates e apresentações de pesquisas importantes que contribuam para a área ambiental, uma vez que discutiremos a grande desigualdade entre o serviço de saneamento do campo e da cidade”. 
“Pretendemos gerar moções e recomendações a partir dos debates, além de consolidar uma revista eletrônica para divulgação do resultado das pesquisas desenvolvidas na área”, completa a professora. O congresso prossegue até sexta-feira (13), no Auditório Central da Uefs. Veja a programação completa no ssite  http://www.cobesa.com.br.

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