O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia cresceu 2,0% em 2011, em
comparação ao ano anterior, e a estimativa para 2012 é alcançar marca de 3,7%.
Os setores de serviços (3,6%) e agropecuária (9,8%) foram os destaques positivos,
mas a indústria teve percentual negativo (-2,9%). A informação foi divulgada em
nota oficial, nesta terça-feira (6), pelo o diretor-geral da Superintendência
de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de
Planejamento (Seplan), Geraldo Reis. Quanto ao PIB nacional, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta acréscimo de 2,7% no ano
passado.
Segundo o secretário Zezéu Ribeiro, “2012, certamente, será melhor do
que 2011, pois terminamos o ano com todos os indicadores macreconômicos
favoráveis - inflação sob controle, disciplina fiscal e taxa de câmbio
competitiva. Essa situação vai possibilitar um maior crescimento da economia,
puxado pelos investimentos públicos (aeroportos, transportes e obras da Copa do
Mundo), ganho real para o salário mínimo, juros em queda, flexibilização das
medidas prudenciais, permitindo ao crédito se recuperar um pouco mais
rapidamente”.
Com base nos cálculos realizados, a taxa de
crescimento do PIB em 2011 foi, mais uma vez, determinada pelo setor de
serviços (3,6%), por ter na estrutura econômica estadual o peso de 64%, sob
destaque do comércio varejista, com expansão de 5,3%. Os segmentos de
transporte e alojamento e alimentação tiveram
expansão de 4,9% e 4,3% respectivamente, em 2011.
O setor agropecuário também
contribui positivamente com acréscimo 9,8%. A produção física da maioria dos
produtos cultivados, sobretudo os grãos, cresceu mais de 13%, segundo os dados
do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE). Houve incrementos
em relação à safra anterior na produção de algodão (58,6%), soja (12,9%), cana
de açúcar (11,5%), mandioca (4,6%) e café (4,4%). Em contrapartida encerraram o
ano apresentando retração as safras de feijão (-23,9%) e milho (-5,3%)
A indústria teve
contribuição negativa, com queda de 2,9% ao longo do ano. Entre os segmentos
deste setor com decréscimo estão extração mineral (-2,3%) e transformação
(-5,7%). Já a construção civil amenizou o quadro com expansão de 6,0%.
Analisando-se os dados da produção física, observa-se que apenas os segmentos de
alimentos e bebidas (7,7%), borracha e plástico (4,6%) e minerais não-metálicos
(5,1%) tiveram crescimento em 2011. Todos os demais segmentos registraram
retração na produção física, com destaque para queda de 9,6% em refino de
petróleo e álcool.
Quarto Trimestre
- O PIB do
quarto trimestre de 2011 foi 1,4% superior ao mesmo período de 2011. Nesse
panorama, manteve-se no quarto trimestre a tendência de crescimento nos setores
de serviços (2,0%) e agropecuária (11,5%), tendo a indústria queda (-3,4%).
06/03/12
Pás/is
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