A juíza
substituta Nêmora Jansen, que responde pela cidade de Alcobaça, na região sul
da Bahia, concedeu nesta sexta-feira (2) liminar determinando a reintegração de
posse da fazenda de cultivo de eucalipto ocupada por cerca de mil mulheres do MST. A
propriedade é do grupo Sezano Papel e Celulose, que deu entrada com a ação na
Justiça. A medida não foi cumprida até a noite desta sexta. As mulheres estão
acampadas no local desde o dia 1° de março em protesto contra o êxodo rural que
seria provocado pela cultura do eucalipto.
De acordo
com Evanildo Costa, coordenador do movimento na Bahia, já foram
derrubados aproximadamente 20 hectares de plantação de eucalipto. "Vamos
plantar feijão e outros alimentos aqui. Não vamos deixar o local. Depois que
sairmos para ocupar outra área, outras famílias do movimento vêm para o
acampamento", afirma Evanildo Costa. O coordenador do MST na Bahia informou
ao G1 que todo eucalipto derrubado pelas mulheres do movimento foi
colocada em uma área próxima ao acampamento.
Esta é a segunda ocupação pelo mesmo motivo no extremo sul
da Bahia. A última ocorreu no dia 28 de março do ano passado, na cidade de
Eunápolis. A direção nacional do MST divulgou nota por volta das 10h e relata
que o monocultivo do vegetal gera o "descaso social e ambiental,
desemprego e expulsão do homem do campo".
Em nota,
a empresa dona da propriedade confirmou a ocupação e informou que a invasão foi
comunicada às autoridades do Estado da Bahia "e as medidas judiciais
cabíveis já estão sendo providenciadas".
G1-Ba.
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