12 de março de 2012

Produtores de café inadimplentes recebem incentivo para regularizar dívidas


Um convênio entre o governo da Bahia e o Ministério do Desenvolvimento Agrário assinado nesta segunda-feira (12), durante a abertura do 13º Agrocafé, vai beneficiar cerca de três mil produtores de café no estado, inclusive os que estão em dívida por causa das safras anteriores. No evento, que está sendo realizado até amanhã (13), no Hotel Pestana, em Salvador, foi também assinado outro convênio entre o governo, a Federação da Agricultura do Estado da Bahia e o Instituto de Pesquisas do Espírito Santo para implantação de uma estação experimental em Itabela, que vai beneficiar 2.500 produtores de café.

Segundo o governador, o agronegócio baiano cresceu 9% em 2011, enquanto o crescimento do PIB estadual foi de 2%. “O agronegócio foi um dos fatores que alavancaram o crescimento, com a queda nos segmentos da celulose e outras indústrias, devido à crise econômica mundial”.


Desenvolvimento da cafeicultura tem planejamento para os próximos 20 anos –O secretário da Agricultura, Eduardo Salles, declarou que nos últimos dois anos o governo da Bahia vem consolidando as ações focadas na cafeicultura. “Em 2011, pelo comprometimento e pela geração de emprego e renda proporcionada por este segmento, foi necessário fazer um grande diagnóstico da cafeicultura, para sabermos onde e como atuar. Vimos que cada região tem as suas dificuldades, e a partir daí, junto com a Câmara Setorial do Café, fizemos um planejamento para os próximos 20 anos”.

Salles declarou que nos últimos anos os preços baixos do café fizeram com que os pequenos agricultores não conseguissem custear suas lavouras, ficando inadimplentes. “Hoje, estamos assinando um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário que se refere à reestruturação da cadeia do café, prevendo para três mil cafeicultores familiares, nos próximos quatro anos, a resolução do problema de custeio, incluindo fertilizantes, podas e a pós-colheita”.

 Verticalização – O secretário destacou que a Bahia produz um café que pode ser vendido por R$ 200 ou R$ 400 a saca, a depender do beneficiamento. Queremos vender este café torrado para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e para a merenda escolar”.

Agrocafé tem previsão de reunir cerca de mil participantes de diversos estados brasileiros até esta terça-feira. Participam do evento pesquisadores, professores, estudantes, produtores, empresários e profissionais do agronegócio café, abordando aspectos do associativismo e cooperativismo, planejamento e gestão agropecuária, entre outros temas. Além de palestras, são realizados debates e minicursos.

Secom-Ba.




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