Conhecer as estratégias do governo
da Bahia para o fomento ao cacau de qualidade e agroindústria da cadeia
produtiva, no âmbito da ação Cacau para Sempre, do programa Vida Melhor. Com esse
objetivo, uma missão, formada por representantes do Banco Mundial (Bird),
visitou ontem (15) as instalações da Bahia Cacau, primeira fábrica de chocolate
da agricultura familiar do país, no município de Ibicaraí.
A construção da fábrica foi idealizada
pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir) e
teve como executora a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). O
projeto é voltado ao fortalecimento da agricultura familiar e à inclusão
socioprodutiva do Território de Identidade Litoral Sul.
Acompanhada do secretário da
Sedir, Wilson Brito, do diretor-executivo da CAR, José Vivaldo de Mendonça
Filho, do coordenador-executivo do programa Vida Melhor da Casa Civil/BA, Fábio
Freitas, e do assessor da Diretoria Executiva da CAR, Lanns Almeida, a comitiva
conheceu os produtos, todo o processo de fabricação e degustou os deliciosos chocolates
produzidos no local.
A missão foi formada pelo
gerente do Banco Mundial e especialista em desenvolvimento rural e agricultura,
Edward Bresnyan, o coordenador da carteira brasileira do Banco Mundial, Boris
Utria, a diretora de operações para a região da América Latina e Caribe,
Elizabeth Adu, e o conselheiro Bruce Courtney.
José Vivaldo afirmou que a CAR
está desenvolvendo ações de recuperação da lavoura cacaueira e destacou a ação
Cacau para Sempre, cujo lançamento está previsto para o final deste mês. “Os
agricultores familiares produzem grande quantidade de cacau com alto nível de
qualidade. Vamos auxiliar o processo de verticalização da produção dessa
cadeia”.
Para Edward Bresnyan, a linha
da fábrica engloba toda a visão do Bird. “É um pacote completo, pois envolve
inclusão socioprodutiva, conservação ambiental e crescimento econômico”.
O gerente falou sobre o que
viu. “A Bahia Cacau possui um processo merecedor de aplausos. O pequeno
produtor está envolvido, do início ao fim, na produção, no refinamento e no
acabamento, indo até o lucro gerado pela fábrica. É um empreendimento produtivo
que não agride o meio ambiente”.
Boris Utria também ficou
satisfeito com o que conheceu. “Acredito muito no investimento da cadeia
produtiva do cacau. Projetos como esse, que têm como objetivo a inclusão
socioprodutiva, o Bird abraça”.
Cacau para
Sempre – O programa Cacau para Sempre é resultado de uma parceria entre a
CAR, a Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf) da Secretaria da
Agricultura, EBDA, Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ceplac.
Com atuação prevista nos territórios
de identidade Vale do Jiquiriçá, Médio Rio de Contas, Litoral Sul, Baixo Sul e
Extremo Sul, a ação vai trabalhar na Mesopotâmia do Cacau, região localizada
entre os rios Jiquiriçá e Jucuruçu, onde se concentra o maior número de
agricultores familiares que têm relação direta com o cacau. As ações sob a coordenação
da CAR representam a consolidação de uma política pública para a agricultura
familiar, com ênfase no cacau.
Mais
investimentos – A missão do Banco Mundial conheceu também o assentamento de
Santana. Na oportunidade, a comunidade se reuniu com os representantes do Bird,
da CAR e da Sedir e solicitou a recuperação das barcaças usadas para a secagem
das amêndoas de cacau. De acordo com José Vivaldo, os recursos serão
repassados, garantindo a melhoria dessa etapa do processamento do cacau.
A comitiva visitou ainda o tanque
de resfriamento de leite, que funciona no local e foi construído pelo Programa
de Combate à Pobreza Rural (PCPR)/Produzir, que atua nos municípios
baianos.
O Produzir teve sua
continuidade garantida com a assinatura, em dezembro de 2010, de um novo acordo
de empréstimo com o Banco Mundial, de US$ 40 milhões, sendo US$ 30 milhões do Bird
e US$ 10 milhões do governo da Bahia e da participação das comunidades rurais.
oas/om 16.03.12
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