Uma família da cidade de Vitória da Conquista, região sudoeste da Bahia, resolveu adotar animais selvagens que são mantidos no quintal de um sítio. Entre os bichos, está um jacaré de três anos que conta com um espaço privado e se alimenta de carne; uma cobra píton, que deve ter cinco anos, segundo estimativa de um dos donos, e três metros de comprimento; além de um casal de leões que foi encontrado em um circo onde eram maltratados.
No local existe uma piscina para a cobra tomar banho e uma criação de ratos para alimentar o animal. “A gente mesmo cria [os ratos] para poder fornecer pra ela. Aí ela costuma se alimentar a cada 30 ou 60 dias com cerca de 8 a 9 roedores por mês”, relata o estudante Enzo Pietro.
Já o casal de leões foi encaminhado para o sítio pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) há cerca de seis anos e toda manutenção é realizada pelos donos da propriedade. Os animais comem em média 20 a 30 kg de carne por dia. Um fato curioso é o nome dado aos animais. A cobra se chama “doçura” e os leões “Romeu e Julieta”. "Geralmente a gente tenta descaracterizar, do que colocar um nome como, por exemplo, tiranossauro, brutamontes. Um nome desse que assusta porque não tem que ter esse sentimento. Na verdade eles têm mais medo de nós do que nós deles", afirma Enzo.
Além de animais selvagens, muitos outros bichos exóticos vivem no sítio. O local conta ainda com araras, tucanos e diversas espécies de pássaros, entre eles, os periquitos.
Os animais vivem presos porque teriam dificuldade para retornar ao seu habitat natural, pois foram retirados da natureza muito precocemente e não desenvolveram os seus instintos e teriam dificuldade de se alimentar, reproduzir e se defender de predadores. Todos os animais são criados com a permissão do Ibama, muitos deles foram encaminhados pelo Cetas, e para ter os animais em casa a família recebeu uma autorização. O local não é aberto a visitação.
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