O Brasil é o maior produtor de fibra de sisal no mundo, com um volume estimado em 119 mil toneladas por ano. O produto garante o sustento de aproximadamente 700 mil pessoas em 75 municípios na Bahia, estado onde é produzido 95 % do sisal brasileiro.
A fibra crua de sisal na Bahia é obtida por desfibramento a seco, usando máquinas itinerantes operadas por motor. O resíduo desta operação contém suco de sisal, mucilagem e bucha de campo. A fibra acabada de sisal representa somente 4% do peso da folha desfibrada, portanto, mais de 95% do peso não é geralmente aproveitado. Este resíduo é deixado no local do cultivo entre as fileiras de sisal.
Visando aproveitar melhor esse resíduo, a Secti encomendou um estudo para a Embrapa e Unesp, que comprovou a eficácia de novos usos de produtos de sisal em aplicações agrícolas, veterinárias e farmacêuticas. A pesquisa indicou o uso potencial do suco do sisal como fungicida, inseticida, carrapaticida e antioxidante para alimentos e cosméticos.
Os pesquisadores comprovaram ainda a aplicação em xampu para caspa e doença de pele e creme para candidíase. Está em estudo ainda a possibilidade de o suco do sisal servir contra os ácaros que contaminam as frutas cítricas.
Além disso, a fibra do sisal pode ser usada na indústria automobilística, nos eletro-eletrônicos, em móveis e construção civil, além de servir para ração animal e produção de etanol.
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