26 de junho de 2014

Nova unidade da Bahiafarma amplia oferta de medicamentos para o SUS



Inaugurada na manhã desta quinta-feira (26) pelo governador Jaques Wagner, no Centro Industrial de Aratu (CIA Sul), em Simões Filho, a nova unidade da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos – a Bahiafarma – vai produzir medicamentos de interesse social para o Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando a oferta e reduzindo o custo para a rede pública. Primeiro medicamento a ser produzido, a Cabergolina atualmente é importada e, graças à unidade, vai suprir toda a demanda pelo fármaco no país, sendo fornecida ao Ministério da Saúde pela metade do preço.


Desativada em 2002, a Bahiafarma foi recriada em 2011 por meio de decreto do governador. Ele afirmou que a retomada, após 12 anos, vai ampliar a oferta de remédios distribuídos pelo SUS. "Trata-se de um recomeço em outro patamar com esforço grande do Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal e com o laboratório privado que faz a transferência de tecnologia e já com planejamento de expansão nos próximos cinco anos, trazendo emprego, saúde e tecnologia". 

A entrega da fábrica que contou com investimentos de R$ 27 milhões, sendo R$ 12 milhões do Governo do Estado, teve as presenças do ministro da Saúde, Arthur Chioro, e do secretário da Saúde do Estado, Washington Couto.

Produção na Bahia

A Cabergolina é indicada para pessoas com distúrbios hormonais, como os que interferem na produção do leite materno, por exemplo. Com a fabricação na Bahia em uma indústria pública, o produto farmacêutico, atualmente importado da Itália e da Argentina, passará a ser fornecido ao ministério da Saúde pela metade do preço de mercado, sendo distribuído gratuitamente através do SUS. A capacidade da unidade é de um milhão de comprimidos por ano, suprindo a demanda total pelo remédio no país. A tecnologia do processo de produção será transferida pela indústria farmacêutica brasileira Cristália.
Para Chioro, a redução nos custos do Ministério da Saúde se reflete diretamente também no orçamento para o pacientes que necessitam do remédio e não precisarão comprá-lo. “Esse primeiro medicamento significa uma economia, já no primeiro ano, da ordem de R$ 3,7 milhões, ou seja, mais de 10% do investimento para o ressurgimento da Bahiafarma”.

Vinculada à Sesab, a fundação retoma a produção de medicamentos no estado e amplia a atuação no campo farmacêutico, que abrange, além da pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, fornecimento e distribuição de medicamentos essenciais e outros medicamentos para órgãos e entidades que integram o SUS. “A fábrica reinsere a Bahia numa posição no roteiro de estados produtores em indústria pública de medicamentos e isso é estratégico para o Sistema único de Saúde, que vem crescendo em absorção de tecnologia”, disse o secretário Washington Couto.

Medicamentos

Também está no planejamento da Bahiafarma a produção de outros medicamentos a partir de parcerias de desenvolvimento produtivo. Entre os fármacos estão o Sevelâmer, para insuficiência renal crônica; o Everolimo e o Micofenolato Sódio, imunossupressores para transplantados; Etanercepte e Adalimumabe, para artrite reumatóide; Trastuzumabe, utilizado no tratamento de câncer de mama; e a vacina alergênica, para imunoterapia para asma. “Esses produtos possuem alto valor agregado não só do ponto de vista do custo, mas da tecnologia, porque envolvem engenharia genética em parceria com a indústria privada”, explica a diretora da Bahiafarma, Julieta Palmeira.
Ggm
26.06.14

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