O mês de maio
será um marco para a piscicultura na Bahia. O estado iniciará, nas próximas
semanas, um programa inédito de formação de plantéis de tilápias melhoradas
geneticamente. O programa é fruto de uma parceria entre a Bahia Pesca e a
Universidade Estadual de Maringá, que doará à empresa um lote inicial de mil
alevinos de tilápia geneticamente melhoradas.
Estes alevinos passarão por um processo de seleção das
melhores famílias, nos laboratórios da Bahia Pesca, seguida de uma avaliação de
desempenho e cultivo dos animais, até se alcançar um grupo ideal, com as
melhores características que serão passadas hereditariamente, para formar as
matrizes de produção.
A partir daí tem início o cruzamento dos
animais para o desenvolvimento das famílias que povoarão as 25 bacias
hidrográficas baianas.
“A tilápia melhorada permite que o piscicultor tenha animais
com maior ganho de peso em um prazo menor, mais saudáveis, mais resistentes,
diminuindo a taxa de mortalidade, e com uma melhor eficiência na conversão
alimentar”, explica o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto. “Isto
significa que o produtor precisará investir uma quantidade menor de ração para
obter o mesmo nível de crescimento e produtividade”, acrescenta.
Linhagens
Os
primeiros alevinos geneticamente melhorados serão distribuídos já em 2015. Os
animais que passarão pelo processo de melhoramento genético são da espécie
Gift, trabalhadas em um procedimento realizado desde a década de 1980, nas
Filipinas, a partir do cruzamento de linhagens silvestres de tilápias
capturadas no Egito, Gana, Quênia e Senegal e quatro linhagens confinadas de
Israel, Singapura, Tailândia e Taiwan.
“Geneticistas
apontam que, para manter altos índices de produção e produtividade, os plantéis
precisam ser renovados a cada dois anos”, esclarece o sub-gerente de
Aquicultura, Antonio Laborda, acrescentando que “a meta é realizar um programa
de melhoramento genético contínuo, promovendo a sustentabilidade e a qualidade
dos alevinos de nosso plantel”.
O convênio entre a Bahia Pesca e a Universidade Estadual do
Maringá prevê, além da entrega dos alevinos, a difusão tecnológica, capacitação
e qualificação do corpo técnico da Bahia Pesca e o intercâmbio de conhecimento
entre as instituições. “Esta integração permitirá que nossos profissionais
possam atuar de forma ainda mais eficaz na prestação de assistência técnica aos
pescadores baianos”, comemora Cássio Peixoto.
08.05.14
Rãs – CB
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