Uma história de mistério. Esta semana um milionário
brasileiro saiu pra passear de barco nos Estados Unidos. E desapareceu. O barco
foi encontrado na praia com o motor ligado, mas a polícia não sabe o que
aconteceu nem onde ele está.
O brasileiro Guma Aguiar fez fortuna nos Estados Unidos explorando gás. Gosta de caros e barcos. Virou notícia em Israel, onde investiu em futebol. Ele também tem um lado explosivo. Foi flagrado com drogas e preso por agredir a mulher.
Na terça-feira passada, Guma Aguiar desapareceu na Flórida quando passeava em um de seus barcos. Ninguém sabe onde ele está, mesmo assim o dinheiro do brasileiro, cerca de US$ 100 milhões, já é objeto de disputa na família.
O que aconteceu com ele? E quem é Guma Aguiar? A história dele começa há 35 anos no Brasil, onde Guma nasceu.
A mãe, Ellen Aguiar, americana, e o pai, o artista plástico brasileiro Otto de Souza Aguiar, que morreu em 2006, moravam no Rio. Aos dois anos, ele veio com a família para os Estados Unidos.
Aos 26, já milionário, passou a seguir o judaísmo, a religião da mãe. Com Jamie, a esposa americana, teve quatro filhos. E foi viver com a família em uma casa em Fort Lauderdale.
Há registros das últimas imagens de Guma Aguiar nas imagens de uma câmera de segurança. Terça-feira passada, dia 19 de junho, às 18h57, ele aparece entrando em um de seus barcos.
As condições climáticas não eram das melhores. O serviço de meteorologia tinha emitido um alerta para pequenas embarcações. O risco era de tempestade, com vento forte.
Seis horas depois de Guma Aguiar sair de casa, o barco foi encontrado. Ele estava na beira de uma praia, ainda com o motor ligado e as luzes de navegação acesas. Dentro, ninguém. Não havia também sinais de violência. Nem uma gota de sangue a polícia encontrou. Muito menos indícios do que possa ter acontecido com Guma Aguiar.
Os policiais fizeram buscas por 48 horas.
"Até o momento não temos nenhum indício de que uma outra pessoa tenha estado no barco com ele", diz o detetive Travis Mandell, que participa das investigações.
A polícia agora quer analisar informações do GPS da embarcação e do telefone celular de Guma Aguiar, encontrado no barco. Acaba aqui uma parte da história da vida desse brasileiro. A outra começa em Israel.
Da janela de um apartamento, Guma Aguiar tinha a melhor vista possível para o muro das lamentações em Jerusalém, o lugar mais sagrado para os judeus. Depois de comprar dez imóveis de luxo, fazer investimentos de US$ 35 milhões - mais de R$ 70 milhões, o brasileiro ficou famoso em Israel. Foi recebido pelo presidente Shimon Peres e, segundo a imprensa local, fez doações milionárias, comprou um time de basquete e salvou da falência o time de futebol mais tradicional da cidade.
Nos últimos dias, o desaparecimento de Guma Aguiar ganhou destaque em todos os grandes jornais israelenses. Os artigos lembraram a dedicação dele à causa do Estado de Israel e foi chamado de "o messias do esporte", pelos jornais.
No time do Beitar Jerusalem, Guma investiu US$ 4 milhões: “Em Jerusalém ele era um herói", diz o comentarista esportivo, Dani Neuman, que diz ter apresentado o brasileiro à direção do clube.
Ele tinha a opção de comprar o time, mas o negócio nunca foi fechado porque segundo o comentarista, Guma teve que ser internado duas vezes com problemas psicológicos.
Nos Estados Unidos, Guma teve problemas também com a polícia.
No tribunal de Broward, em Fort Lauderdale, Guma Aguiar tem um histórico criminal. Ele já discutiu com policiais, já foi flagrado com drogas e chegou a ser preso em agosto do ano passado por agredir a mulher. Depois, na frente do juiz, a esposa decidiu não processar o marido.
No tribunal, o Fantástico teve acesso a documentos reveladores. Em um deles, de março deste ano, três meses antes de sumir, Guma Aguiar assume o compromisso de passar sua própria guarda e o controle de patrimônio para a esposa, em caso de incapacidade dele.
Dois meses depois, Guma voltou atrás: transferiu os mesmos direitos para mãe e deixou a esposa de fora.
Na última quinta-feira (21), dois dias depois de o filho desaparecer, a mãe de Guma Aguiar pediu para receber toda a renda gerada pelo patrimônio do filho, como lucros e alugueis. No documento ela descreveu os bens de Guma.
São mais US$ 75 milhões - quase R$ 150 milhões - só em investimentos e imóveis nos Estados Unidos e em Israel. E pelo menos US$ 15 milhões na conta bancária.
Fala ainda da mansão em Fort Lauderdale, avaliada em US$ 5 milhões. Apenas um dos barcos vale mais de US$ 2 milhões. E tem ainda mais sete carros.
O documento provocou divergência na casa de Guma Aguiar. O advogado de Jamie - a esposa dele - disse à imprensa americana que ir à Justiça sem saber se o rapaz morreu é "bizarro". A mãe de Guma não quis gravar entrevista. Apenas enviou uma mensagem pelo celular.
"Ele é uma pessoa linda, gentil e sensível", escreveu em português. "Também complicado".
A polícia encerrou as buscas no mar e agora tem o desafio de resolver o mistério: o que ocorreu com Guma Aguiar, o milionário brasileiro que sumiu na Flórida?
O brasileiro Guma Aguiar fez fortuna nos Estados Unidos explorando gás. Gosta de caros e barcos. Virou notícia em Israel, onde investiu em futebol. Ele também tem um lado explosivo. Foi flagrado com drogas e preso por agredir a mulher.
Na terça-feira passada, Guma Aguiar desapareceu na Flórida quando passeava em um de seus barcos. Ninguém sabe onde ele está, mesmo assim o dinheiro do brasileiro, cerca de US$ 100 milhões, já é objeto de disputa na família.
O que aconteceu com ele? E quem é Guma Aguiar? A história dele começa há 35 anos no Brasil, onde Guma nasceu.
A mãe, Ellen Aguiar, americana, e o pai, o artista plástico brasileiro Otto de Souza Aguiar, que morreu em 2006, moravam no Rio. Aos dois anos, ele veio com a família para os Estados Unidos.
Aos 26, já milionário, passou a seguir o judaísmo, a religião da mãe. Com Jamie, a esposa americana, teve quatro filhos. E foi viver com a família em uma casa em Fort Lauderdale.
Há registros das últimas imagens de Guma Aguiar nas imagens de uma câmera de segurança. Terça-feira passada, dia 19 de junho, às 18h57, ele aparece entrando em um de seus barcos.
As condições climáticas não eram das melhores. O serviço de meteorologia tinha emitido um alerta para pequenas embarcações. O risco era de tempestade, com vento forte.
Seis horas depois de Guma Aguiar sair de casa, o barco foi encontrado. Ele estava na beira de uma praia, ainda com o motor ligado e as luzes de navegação acesas. Dentro, ninguém. Não havia também sinais de violência. Nem uma gota de sangue a polícia encontrou. Muito menos indícios do que possa ter acontecido com Guma Aguiar.
Os policiais fizeram buscas por 48 horas.
"Até o momento não temos nenhum indício de que uma outra pessoa tenha estado no barco com ele", diz o detetive Travis Mandell, que participa das investigações.
A polícia agora quer analisar informações do GPS da embarcação e do telefone celular de Guma Aguiar, encontrado no barco. Acaba aqui uma parte da história da vida desse brasileiro. A outra começa em Israel.
Da janela de um apartamento, Guma Aguiar tinha a melhor vista possível para o muro das lamentações em Jerusalém, o lugar mais sagrado para os judeus. Depois de comprar dez imóveis de luxo, fazer investimentos de US$ 35 milhões - mais de R$ 70 milhões, o brasileiro ficou famoso em Israel. Foi recebido pelo presidente Shimon Peres e, segundo a imprensa local, fez doações milionárias, comprou um time de basquete e salvou da falência o time de futebol mais tradicional da cidade.
Nos últimos dias, o desaparecimento de Guma Aguiar ganhou destaque em todos os grandes jornais israelenses. Os artigos lembraram a dedicação dele à causa do Estado de Israel e foi chamado de "o messias do esporte", pelos jornais.
No time do Beitar Jerusalem, Guma investiu US$ 4 milhões: “Em Jerusalém ele era um herói", diz o comentarista esportivo, Dani Neuman, que diz ter apresentado o brasileiro à direção do clube.
Ele tinha a opção de comprar o time, mas o negócio nunca foi fechado porque segundo o comentarista, Guma teve que ser internado duas vezes com problemas psicológicos.
Nos Estados Unidos, Guma teve problemas também com a polícia.
No tribunal de Broward, em Fort Lauderdale, Guma Aguiar tem um histórico criminal. Ele já discutiu com policiais, já foi flagrado com drogas e chegou a ser preso em agosto do ano passado por agredir a mulher. Depois, na frente do juiz, a esposa decidiu não processar o marido.
No tribunal, o Fantástico teve acesso a documentos reveladores. Em um deles, de março deste ano, três meses antes de sumir, Guma Aguiar assume o compromisso de passar sua própria guarda e o controle de patrimônio para a esposa, em caso de incapacidade dele.
Dois meses depois, Guma voltou atrás: transferiu os mesmos direitos para mãe e deixou a esposa de fora.
Na última quinta-feira (21), dois dias depois de o filho desaparecer, a mãe de Guma Aguiar pediu para receber toda a renda gerada pelo patrimônio do filho, como lucros e alugueis. No documento ela descreveu os bens de Guma.
São mais US$ 75 milhões - quase R$ 150 milhões - só em investimentos e imóveis nos Estados Unidos e em Israel. E pelo menos US$ 15 milhões na conta bancária.
Fala ainda da mansão em Fort Lauderdale, avaliada em US$ 5 milhões. Apenas um dos barcos vale mais de US$ 2 milhões. E tem ainda mais sete carros.
O documento provocou divergência na casa de Guma Aguiar. O advogado de Jamie - a esposa dele - disse à imprensa americana que ir à Justiça sem saber se o rapaz morreu é "bizarro". A mãe de Guma não quis gravar entrevista. Apenas enviou uma mensagem pelo celular.
"Ele é uma pessoa linda, gentil e sensível", escreveu em português. "Também complicado".
A polícia encerrou as buscas no mar e agora tem o desafio de resolver o mistério: o que ocorreu com Guma Aguiar, o milionário brasileiro que sumiu na Flórida?
O Globo
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