Há mais
de três meses que não cai chuva forte em Itabuna, cidade localizada no sul da
Bahia. Além dos agricultores, os pecuaristas da região também sentem os
prejuízos causados pela seca. Em Itamaracá, distrito de Itabuna, a
situação é preocupante.
Sem água
na região, o verde dos pastos deu lugar à cor marrom. Fazendas dos municípios
de Itabuna, Buerarema e Itapé foram prejudicadas. A maioria produzia leite e os
agricultores já começaram a sentir as consequências da seca. De acordo com a
Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), na região eram produzidos
dois mil litros de leite por dia. De abril para maio, ainda segundo a EBDA,
esse número caiu mais da metade. Hoje são tirados apenas 700 litros de leite por
dia.
Muitas
fazendas da região têm como principal fonte de água um tipo de represa que
capta água da chuva, mas com toda essa estiagem muitas estão secas, ou pelo
menos, com o nível abaixo do normal, além de estar com a água completamente
contaminada, que não serve nem para os animais beberem. Para tentar minimizar
os efeitos da seca, a alimentação do gado da região foi modificada. A cana que
é mais resistente ao sol está sendo triturada e misturada a outros componentes,
como ureia e sulfato de amônia.
De acordo
com o técnico agropecuário Nelson Fernandes, a alteração na alimentação do gado
compromete tanto na qualidade quanto na quantidade da produção. "Porque a
vaca precisa de uma quantidade considerável de água, em torno de quatro litros,
para produzir leite. Se ela não consegue beber essa quantidade de água, vai
diminuir a produção de leite e ela também vai morrer por falta de água,
emagrecer, porque sem água não consegue comer, porque a alimentação já está
muito seca e ela não consegue comer o capim seco. A única solução que tem aqui
é chover. Como não temos previsão de chuva, vai ter que tentar suportar essa
condição", afirmou.
Fonte: Ascom EBDA
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