Os
servidores terceirizados do estado estão paralisando suas atividades em
diferentes municípios do interior por falta de pagamento de salários, vales
transporte e alimentação e por melhores condições de trabalho. Merendeiras,
serventes e profissionais de limpeza pública seguem com suas remunerações e
benefícios atrasados por falta de repasse do governo baiano. As empresas
reclamam que não têm condições de arcar com os valores e o Sindicato dos
Trabalhadores em Limpeza Pública do Estado da Bahia (Sindilimp) segue
intermediando as negociações. De acordo com o vereador e diretor jurídico com
Sindilimp, Luiz Carlos Suíca (PT), “é complicado iniciar o ano letivo e logo em
seguida iniciar uma paralisação de funcionários terceirizados, que implica na
suspensão das aulas”.
Para
o edil petista, os professores entendem a importância da paralisação dos
trabalhadores terceirizados e já passam a pedir a compreensão e o apoio, como
aconteceu em Vitória da Conquista, onde uma professora emitiu nota aos alunos e
pais sobre a ação. Suíca reproduz parte do texto da profissional e garante que
o sindicato segue com as negociações. “Temos recebido apelos vindos de todo o estado.
Em Conquista, uma professora enviou um texto e disse que é preciso um olhar
coletivo, e colocar-se no lugar do outro. ‘Trabalhar por quase três meses sem
receber pagamento, por mais que se goste do trabalho, afeta a autoestima,
impede de fazer pagamentos, podendo até sujar os nossos nomes”, reproduz a fala
encaminhada para o Sindilimp pelos funcionários terceirizados do Centro
Estadual de Educação Profissional Pio XII, no sudoeste do estado.
Em
Assembleia, os servidores terceirizados aprovaram a paralisação contínua. Nesta
terça-feira (17), o Sindilimp volta a se reunir no Colégio Virgílio para traçar
novas ações. A coordenadora-geral do sindicato, Ana Angélica Rabelo, informa
que no município de Barreiras, no oeste baiano, a empresa C e C deve três meses
de salários aos funcionários e que só conseguiu fazer o pagamento de um mês em
atrasado na última sexta-feira (13). “Vamos seguir com as negociações com o
governo e com as empresas contratadas, a solução tem que ser em conjunto e
observando os direitos dos trabalhadores. A situação dos planos de saúde, por
exemplo, é um dos grandes entraves, o trabalhador não pode ficar sem plano nem
ter um de péssima qualidade, além de muitos não terem cobertura no interior,
onde se encontra maior parte dos trabalhadores”, completa.
Ascom do
Vereador Luiz Carlos Suíca
Vitor Fernandes
(DRT-BA 2430)
71 88789657
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