17 de março de 2015

Terceirizados param atividades no interior e sindicato segue intermediando as negociações



Os servidores terceirizados do estado estão paralisando suas atividades em diferentes municípios do interior por falta de pagamento de salários, vales transporte e alimentação e por melhores condições de trabalho. Merendeiras, serventes e profissionais de limpeza pública seguem com suas remunerações e benefícios atrasados por falta de repasse do governo baiano. As empresas reclamam que não têm condições de arcar com os valores e o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Estado da Bahia (Sindilimp) segue intermediando as negociações. De acordo com o vereador e diretor jurídico com Sindilimp, Luiz Carlos Suíca (PT), “é complicado iniciar o ano letivo e logo em seguida iniciar uma paralisação de funcionários terceirizados, que implica na suspensão das aulas”.


Para o edil petista, os professores entendem a importância da paralisação dos trabalhadores terceirizados e já passam a pedir a compreensão e o apoio, como aconteceu em Vitória da Conquista, onde uma professora emitiu nota aos alunos e pais sobre a ação. Suíca reproduz parte do texto da profissional e garante que o sindicato segue com as negociações. “Temos recebido apelos vindos de todo o estado. Em Conquista, uma professora enviou um texto e disse que é preciso um olhar coletivo, e colocar-se no lugar do outro. ‘Trabalhar por quase três meses sem receber pagamento, por mais que se goste do trabalho, afeta a autoestima, impede de fazer pagamentos, podendo até sujar os nossos nomes”, reproduz a fala encaminhada para o Sindilimp pelos funcionários terceirizados do Centro Estadual de Educação Profissional Pio XII, no sudoeste do estado.

Em Assembleia, os servidores terceirizados aprovaram a paralisação contínua. Nesta terça-feira (17), o Sindilimp volta a se reunir no Colégio Virgílio para traçar novas ações. A coordenadora-geral do sindicato, Ana Angélica Rabelo, informa que no município de Barreiras, no oeste baiano, a empresa C e C deve três meses de salários aos funcionários e que só conseguiu fazer o pagamento de um mês em atrasado na última sexta-feira (13). “Vamos seguir com as negociações com o governo e com as empresas contratadas, a solução tem que ser em conjunto e observando os direitos dos trabalhadores. A situação dos planos de saúde, por exemplo, é um dos grandes entraves, o trabalhador não pode ficar sem plano nem ter um de péssima qualidade, além de muitos não terem cobertura no interior, onde se encontra maior parte dos trabalhadores”, completa.

Ascom do Vereador Luiz Carlos Suíca
Vitor Fernandes (DRT-BA 2430)
71 88789657


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