A mãe e a menina de 7 anos, vítima de estupro na sexta-feira (13), em Bauru (SP), falaram com a equipe de reportagem da TV TEM sobre a abordagem do
suspeito. A mãe, que não foi identificada para não expor a criança, conta que o
homem chegou até a menina quando ela recolhia roupas do varal. Ainda de acordo
com a mãe, ele teria entrado na residência e oferecido ajuda à criança. Logo em
seguida, puxou a vítima pelo braço e a levou até um quarto. “Ele falou para ela
deitar na minha cama e fazer várias posições, disse que queria tirar uma foto
com ela. E ela o tempo todo pedindo para ele sair, dizendo que eu não gostava
disso, que era para ele ir embora. Mas, ele dizia para ela ficar calma que só
queria tirar uma foto”, conta a mulher.
O suspeito, identificado como Marco Antônio Bernardes Azar, de 58 anos,
não chegou a consumar relação sexual com a menina, mas pela lei atual, a
abordagem à criança já é considerada estupro, com pena de 8 a 15 anos de
prisão. Segundo os parentes da vítima, o homem quase foi linchado pelos vizinhos.
Ainda segundo a mãe, a filha estava sob os cuidados da bisavó, que mora
na mesma rua. A vítima teria ido sozinha até a casa buscar brinquedos e como
estava chovendo, decidiu tirar a roupa do varal.
Bastante assustada, a menina pediu várias vezes ao criminoso que fosse
embora. “Na hora que ele abaixou a roupa eu disse 'vai embora', e ele só dizia
para eu me acalmar, depois foi embora mesmo”, conta a menina.
Outros crimes
Segundo a polícia, desde os anos 1980, Marco Antônio já violentou, pelo menos, 23 crianças, com idades entre 10 e 12 anos, todas da cidade de São Paulo, onde morava. Pelos crimes, ele cumpria pena de154 anos em um hospital psiquiátrico de Franco da Rocha, mas havia recebido recentemente o benefício da liberdade.
Segundo a polícia, desde os anos 1980, Marco Antônio já violentou, pelo menos, 23 crianças, com idades entre 10 e 12 anos, todas da cidade de São Paulo, onde morava. Pelos crimes, ele cumpria pena de154 anos em um hospital psiquiátrico de Franco da Rocha, mas havia recebido recentemente o benefício da liberdade.
Conforme a
polícia, a Justiça entendeu que o suspeito tem problemas psiquiátricos, por
isso a condenação foi determinou o hospital, porém, em fevereiro deste ano, foi
emitida uma autorização para que ele desse continuidade ao tratamento em
liberdade. “Existe uma medida de segurança, que ele estaria preso para
tratamento. Aí não tem prazo, que no caso, não deve ter sido aplicada ou foi
aplicada e constatado que ele estaria bem. Agora constatando que ele não está
bem, que cometeu novo delito, ele vai ser analisado novamente pelo poder judiciário”,
afirma a delegada Priscila Bianchini.
Marco Antônio
foi preso na sexta-feira e encaminhado à cadeia de Barra Bonita, que é para
onde são levados os suspeitos de crimes sexuais na região. “Toda vez ele vai
preso e é solto, espero que dessa vez ele fique preso para isso não acontecer
com o filho dos outros como aconteceu com a minha”, completa a mãe.
Fonte: O Globo
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