O estado da Bahia está autorizado a exportar charuto para o mercado chinês. A decisão do governo da China foi comunicada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri), nesta quarta-feira (29), pelo diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Cosám Coutinho, que está no país asiático discutindo os últimos detalhes do acordo de comércio bilateral.
Segundo ele, esse é o resultado de um intenso trabalho que vem sendo realizado há mais de três anos pelos governos federais e estadual e diversos órgãos e entidades, como o Sindicato das Indústrias do Tabaco (Sinditabaco), com o propósito de reabilitar a cultura do fumo no Recôncavo e recuperar milhares de empregos diretos e indiretos perdidos na região com o fechamento de diversas fábricas, entre elas, a Suerdieck.
De acordo com o Sinditabaco, a cultura do fumo envolve mais de 12 mil trabalhadores, a maioria do sexo feminino, e pertencente à agricultura familiar. No auge da produção de charutos, entre as décadas de 60 e 80, somente a fábrica da Suerdieck chegava a produzir 100 milhões de charutos/ano, metade da produção baiana à época, que era de 200 milhões. Atualmente, as oito fábricas que sobreviveram conseguem, juntas, produzir apenas 10 milhões/ano.
Com a liberação da exportação para a China, a expectativa é de que a produção aumente consideravelmente, consolidando a cultura do fumo para charutos, criando empregos e recuperando a economia de toda a região.
O Brasil, além de ser o segundo maior produtor de tabaco do mundo, é o líder na exportação mundial do produto há 15 anos. Conforme dados do Sinditabaco, em média, 85% do fumo produzido no Brasil é destinado à exportação.
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