Usuários de drogas em situação de rua têm 67 vezes mais chances de
contrair tuberculose. O alerta a esse público foi feito em uma roda de conversa
na Praça das Mãos, no bairro do Comércio, em Salvador, na terça-feira (25).
Realizada em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a atividade foi
seguida pelo teste de escarro para detectar a doença. Participou da ação a
equipe da Unidade de Saúde da Família do Terreiro de Jesus, junto com as
equipes do Ponto de Cidadania e do Corra pro Abraço, projetos da
Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social
(SJDHDS).
A médica Lua Dutra explicou que a condição de vida de muitas pessoas em
situação de rua, como restrição de sono e falta de alimentação adequada, somado
ao consumo de drogas como o crack, reduzem a imunidade das pessoas, tornando-as
mais suscetíveis a serem infectadas pela bactéria.
Sintomas
Durante a roda de conversa, os agentes falaram sobre a forma de
transmissão da doença, que ocorre quando a pessoa expele, ao falar, espirrar ou
tossir, pequenas gotas de saliva. Os sintomas incluem tosse seca contínua no
início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas,
transformando-se, na maioria das vezes, em tosse com pus ou sangue. A rede de
diagnóstico e tratamento disponível pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS)
também foi socializada.
Após a conversa, diversos moradores em situação de rua realizaram o
exame para detectar a tuberculose. Os usuários que forem detectados com o
bacilo de Koch, bactéria que causa a tuberculose, serão acompanhados pela rede
de tratamento da doença.
Inclusão
Desenvolvido pela SJDHDS, em parceria com o Centro de Referência
Integral do Adolescente (Cria), o projeto Corra pro Abraço integra as ações de
políticas sobre drogas, com estratégias de inclusão, prevenção e tratamento,
além de ações de educação e inserção no mundo do trabalho. Já o Ponto de
Cidadania desenvolve ações voltadas para a promoção da saúde, cidadania e
autocuidado buscando a redução dos riscos e danos a pessoas em situação de rua
usuárias de substâncias psicoativas.
Fonte:
Secom-Ba.
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