A planta do complexo acrílico da Basf, em
Camaçari, que inicia o processo de produção no final deste ano, recebeu nesta
quarta-feira (14) a visita do embaixador
da Alemanha, Wilfried Grolig, e do presidente da Basf para a América do Sul,
Ralph Scheens, além do secretário estadual da Indústria Comércio e Mineração,
James Correia, e do subsecretário Luiz Gonzaga de Souza.
Com investimento de R$ 1, 2 bilhão, o
complexo já está com os principais equipamentos instalados, a exemplo da coluna
principal da nova planta de ácido acrílico, com 64,3 metros de altura e
456 toneladas. “É o maior investimento na história da Basf na América do Sul.
Aqui vamos fabricar em escala global ácido acrílico, acrilato de butila e
polímeros superabsorventes (SAP), com fornecimento para a indústria de higiene
pessoal, químicos para construção civil, resinas acrílicas para tintas,
adesivos e tecidos”, explica Scheens.
O embaixador alemão destaca a importância
da economia baiana e da região Norte/Nordeste para os investimentos das
empresas da Alemanha. “Sempre digo aos empresários do meus país - conheçam o
Brasil que existe além do Rio [de Janeiro] e de São Paulo. No Norte/Nordeste e,
especialmente na Bahia, o potencial de crescimento é muito maior porque o
consumo ainda é baixo, mas o poder de compra aumenta cada vez mais”, diz
Grolig.
Geração de empregos
Nesta fase de construção, a empresa está
gerando aproximadamente cinco mil empregos, e no início das atividades
produtivas, previsto para o final de 2014, serão criados 230 postos diretos e
600 indiretos. Atualmente 30 operários da planta baiana de ácido acrílico estão
em treinamento nas fábricas do Texas (Estados Unidos) e da Antuérpia (Bélgica).
“A Bahia foi escolhida em função da disponibilidade
do propeno, matéria- prima que será 100% fornecida pela Braskem. Além disso, o
Polo Industrial de Camaçari dispõe de ótima infraestrutura logística e temos
boa qualidade de mão de obra, que está sendo treinada pelo Senai-BA”, disse o
diretor industrial do Complexo Acrílico da Basf, Holger Herbst.
Além de assegurar o fornecimento de matéria-prima
para importantes produtos, a nova planta industrial apresenta outras vantagens
econômicas para o Brasil. “A estimativa é que o investimento gere impacto
positivo na balança comercial do país de aproximadamente US$ 300 milhões ao
ano, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões
em função do aumento das exportações”, afirma o secretário James Correia.
Plantas integradas
O complexo BASF será composto de três
plantas integradas e modernas — ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros
superabsorventes. “A unidade de ácido acrílico é o coração do complexo porque
recebe a matéria-prima, o propeno, que vem da Braskem”, explica Holger. O
propeno, também chamado propileno, é um hidrocarboneto insaturado, apresentando-se
como gás incolor e altamente inflamável.
Depois de transformado, o ácido acrílico
percorre dois caminhos. Primeiro, vai para a unidade de superabsorventes,
componentes ativos para produtos de higiene pessoal. O polímero superabsorvente
é usado para absorver e reter líquido, que, em contato com o produto granulado,
vira um gel. A principal aplicação é em produtos para higiene - fraldas
descartáveis infantis, fraldas para incontinência urinária e higiene feminina.
O segundo destino do ácido acrílico é a
unidade de processamento de acrilato de butila, utilizado para produzir
adesivos, químicos para construção e tintas decorativas. Os processos das
fábricas serão contínuos — funcionarão 24 horas por dia, sete dias por semana.
Ias – GF
14.05.2014
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