Depois de
três dias marcados por bate-bocas entre autoridades federais e estaduais por
causa da crise na segurança pública em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff
telefonou nesta quinta-feira, 1, para o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Os
dois acertaram uma ação conjunta no enfrentamento da criminalidade. O
telefonema serviu para apagar o incêndio criado pela briga entre seus
subordinados.
Houve acordo em três pontos: criar um grupo de
trabalho entre os governos para decidir ações nas áreas de segurança pública e
da administração penitenciária, transferir presos de São Paulo para
penitenciárias federais e dar às parcerias na área o mesmo status concedido
àquelas que existem na construção do Rodoanel, no programa Minha Casa Minha
Vida e no combate à miséria.
No grupo de trabalho, o governo federal será
representado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encarregado de
manter o diálogo com as autoridades designadas por São Paulo. Uma reunião
envolvendo representantes dos dois lados deve ocorrer na próxima semana,
segundo informou a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena
Chagas. Ficou acertado que os secretários vão apresentar uma série de pedidos
de possíveis parcerias entre os governos.
Em entrevista ao Estado publicada nesta quinta, a
secretária propôs uma ocupação da Favela de Paraisópolis, na zona sul de São
Paulo, à semelhança da feita no Complexo do Alemão, no Rio, em 2010. Nesta
semana, a PM achou em Paraisópolis uma central de espionagem do Primeiro
Comando da Capital (PCC), onde se planejavam ataques contra policiais.
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