A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) incluiu a Ferrovia Oeste-Leste (FIOL) entre os 83 projetos
prioritários para a região Nordeste do Brasil. A ferrovia, com cerca de 1,5 mil
quilômetros de extensão, vai ligar Ilhéus, no sul da Bahia, a Alvorada, no
Tocantins, onde haverá interseção com a ferrovia Norte-Sul. A FIOL agora
integra o projeto Nordeste Competitivo, lançado nesta terça-feira (30), na sede
da CNI, em Brasília (DF.
O projeto, elaborado pela CNI em
parceria com as Federações das Indústrias dos nove estados nordestinos, é um
estudo para diagnosticar os principais gargalos na infraestrutura de
transportes da região. Além de projetar a produção industrial, agropecuária e
extrativista da região até 2.020, identifica a necessidade de investimentos em
logística nos próximos anos para permitir o escoamento desses produtos para os
mercados interno e externo.
A Ferrovia
de Integração Oeste Leste é um eixo extremamente importante de ligação que
pretende tornar o setor produtivo do estado da Bahia mais competitivo, com
menor custo, e mais eficiente. O Nordeste Competitivo é o terceiro estudo
realizado pela CNI, que já divulgou planos para o Sul Competitivo e o Norte
Competitivo.
No próximo dia 8 será realizada,
em Salvador, uma reunião técnica entre Secretaria de Planejamento da Bahia e técnicos
da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), para detalhar os
projetos de infraestrutura e logística no estado e discutir a convergência de
interesses do programa elaborado pela CNI e do Plano já encaminhado pelos
Secretários de Planejamento de todos os estados nordestinos ao governo federal,
também elencando as obras e os programas necessários para impulsionar a região.
E no dia 9 de novembro, os governadores do Nordeste se reunirão na Sudene, para
avaliação dos temas de interesse da região.
Responsável por 13,5% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro, a região Nordeste precisa investir R$ 25,8
bilhões em infraestrutura nos próximos oito anos para garantir o escoamento da
produção, sendo R$ 13 bilhões em propostas prioritárias. Esse valor é
necessário para tocar os 83 projetos de ampliação e modernização de rodovias,
ferrovias, hidrovias e portos em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
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