A greve da Polícia Militar na Bahia mudou a rotina de moradores de cidades do interior da Bahia. No sétimo dia da paralisação, os ônibus param de circular às 22h em Feira de Santana, duas horas antes do horário normal.
O policiamento na cidade, que fica a 107 km de Salvador, é reforçado por 530 homens, a maioria formada por soldados do exército. Apesar do clima de insegurança, o comércio e as repartições públicas funcionaram normalmente em Feira de Santana, mas faculdades e escolas particulares não abriram nesta terça-feira (7). A Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, funcionou normalmente, mas poucos alunos assistiram às aulas. Em frente ao Batalhão da Polícia Militar de Feira de Santana, cerca de 100 pessoas permanecem acampadas há uma semana.
Já na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, o clima é de medo e incerteza. Após assaltos e arrastões no município, muitos comerciantes decidiram fechar as portas. Apesar do não funcionamento dos estabelecimentos, foram colocados seguranças particulares na frente de algumas lojas para evitar os arrombamentos. Todo o efetivo do 4º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), foi colocado à disposição para fazer a segurança na cidade 24 h por dia. As aulas nas faculdades públicas e particulares foram suspensas até o fim da greve da Polícia Militar.
No município de Vitória da Conquista, nesta terça-feira (7) o comércio funcionou parcialmente pela manhã, mas fechou as portas durante a tarde. Na segunda-feira (6) houve um arrastão no comércio da cidade e por conta disso os estabelecimentos fecharam as portas mais cedo. Além da mudança da rotina no comércio do município, a frota de ônibus foi reduzida por falta de segurança. Dos 140 ônibus que circulam na cidade, apenas 50 atendem à população. A prefeitura municipal de Vitória da Conquista solicitou reforços da Força de Segurança Nacional e da Polícia Rodoviária Federal de outros estados para auxiliar no patrulhamento da cidade. Os policiais chegaram no final da tarde desta terça-feira (7) no município.
Já em Itabuna, as lojas abriram normalmente. Os policiais em greve estão aquartelados e homens da Força Nacional fazem rondas pelas ruas da cidade. Em Ilhéus, a Força Nacional também está nas ruas e o comércio teve o funcionamento normal, mas, apesar da chegada dos transatlânticos na cidade, o movimento tem sido pequeno. Poucos turistas descem na cidade. Taxistas e motoristas de vans, que também se sentem prejudicados, saíram em carreata na manhã desta terça-feira (7) para pedir agilidade nas negociações.
G1-Ba.
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