3 de janeiro de 2012

Organizadores do Salon du Chocolat acertam com o governo detalhes do evento

O Salon du Chocolat, evento mundial que será realizado em julho deste ano em Salvador, foi discutido nesta terça-feira (3) pelo governador Jaques Wagner e o comissário-geral dos salões, o francês François Jeantet, em reunião na Governadoria. O Salon du Chocolat vai reunir no Centro de Convenções representantes mundiais de todos os segmentos relacionados  ao cacau, ao chocolate e seus derivados.

“Pensamos que o Brasil é o futuro do chocolate, com belos frutos e plantas. Os asiáticos e os chineses, principalmente, devem ser os consumidores dessa produção. A Bahia é extraordinária. É um lugar maravilhoso, onde há a produção da matéria-prima e do chocolate. E vi belas plantações e frutos de grande qualidade”, afirmou Jeantet.

Ele, a empresária Sylvie Douce, organizadora do Salon du Chocolat, e o coordenador do evento no Brasil, Diego Badaró, visitaram fazendas de cacau, o Centro de Convenções e o Palácio Rio Branco, onde serão realizados encontros paralelos, como o Fórum do Cacau e do Chocolate, que vai durar dois dias, reunindo produtores de todo o mundo.

Segundo o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, o Salon du Chocolat é o maior evento do segmento no mundo, realizado em diversos países e que vem pela primeira vez para o Brasil. “É um momento histórico e marcante. Vamos entrar nesse circuito mundial e a expectativa é que tenhamos esse evento a cada dois anos. A Bahia foi escolhida para sediar o salão porque, juntamente com o Pará, é o estado onde está concentrada a produção nacional de cacau”.

Salles afirmou que o Estado está investindo no sul baiano, região onde se encontram cidades como Ilhéus e Itabuna e que já foi responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia a partir da produção do cacau. Ele disse que a economia regional foi prejudicada pela vassoura-de-bruxa, que acabou com a lavoura cacaueira.

“Esses produtores puderam renegociar suas dívidas. Para o pagamento, eles terão oito anos de carência, em vez de quatro, e 12 anos para pagar, e não oito. Outro ponto importante é a disponibilização, por meio da biofábrica, de clones de plantas resistentes à vassoura-de-bruxa”, destacou o secretário.

Ele declarou também que o governo está trabalhando para a verticalização da indústria do chocolate em toda a região, com pequenas, médias e grandes fábricas. “Através da Seagri, estamos proporcionando ainda a diversificação, para que os produtores possam investir em várias culturas. Hoje, nessa região, somos os maiores produtores de graviola do mundo. Temos banana e estamos atraindo indústrias de suco e de processadores de frutos”.

De acordo com o secretário das Relações Internacionais, Fernando Schmidt, o salão será realizado em um ano em que se comemora também o centenário de Jorge Amado, que divulgou em sua obra a história do cacau no estado. “Isso significa um olhar de reconhecimento e um estímulo para que sejam superados obstáculos para que a cultura do cacau volte a viver uma situação de esplendor, não somente na produção, como também na industrialização”.


Fonte: Secom-Ba.

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