Seagri
Com a recente
publicação da Instrução Normativa Nº 16 de 2014, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), automaticamente, se desfaz a Zona de Proteção
contra a Febre Aftosa do estado da Bahia. A referida Zona, que, por sua vez, substituiu
a Zona Tampão extinta em 2010, engloba cerca de 10 mil criadores dos municípios
de Casa Nova, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Buritirama,
Mansidão, Santa Rita de Cássia e Formosa do Rio Preto, que passam a integrar a
comercialização e o trânsito de animais em todo o estado, com um rebanho de
aproximadamente 230 mil cabeças.
A instrução
também declarou os demais estados do nordeste como área livre de Febre Aftosa,
com reconhecimento internacional acorrido durante a 82ª Seção Geral da
Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris, no último dia 29 de maio de
2014.
Área de Proteção
A Zona de
Proteção compreendia uma área de 58.201 km² no norte do estado, e foi
estabelecida pelo MAPA como área de proteção para impedir a entrada de animais
com possibilidade de estarem infectados pelo vírus da aftosa, uma vez que a
Bahia faz divisa com estados cujo risco de infecção, até então, era
desconhecido. “O trânsito livre vale para os bovinos, ovinos e caprinos,
ficando restrito apenas o dos suínos, devido alguns estados do norte e do nordeste
ainda não serem considerados livres da Peste Suína Clássica”, esclarece o
diretor de Defesa Sanitária Animal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
(Adab), Rui Leal.
O diretor
geral da Adab, Paulo Emílio Torres, explica que a vigilância ativa é exercida
pela Agência com maior atenção na Zona de Proteção, por ser considerada uma
área de maior risco para o país. “Os índices de imunização contra a febre
aftosa nos municípios componentes da Zona de Proteção comprovam a evolução da
qualidade pecuária e da consciência do criador quanto à necessidade de vacinar
os animais, atestada com o índice vacinal de 96% na
segunda etapa da campanha contra a febre aftosa, em novembro de 2013, ficando
acima da média estadual. Desta forma, a Bahia apresenta, nos últimos anos,
estabilidade sanitária referenciada nacionalmente, apontando para o
fortalecimento da defesa agropecuária baiana”, completou Torres.
Trânsito livre para criadores
A Bahia que
durante muitos anos conviveu sanitariamente com a cisão da Zona Tampão e da
Zona de Proteção, hoje tem a unanimidade do estado com tratamento igualitário a
todos os criadores e a total eliminação de qualquer restrição, para esta
enfermidade, do trânsito interno e em território brasileiro, já que apenas
Amapá, Roraima e Amazonas não têm o reconhecimento de livre da aftosa com
vacinação.
Crescimento da pecuária baiana
Para o
secretário da Agricultura, Jairo Carneiro, a pecuária baiana está pronta para
crescer ainda mais, com importantes impactos sociais e econômicos. “O próximo
passo é alcançar status de país totalmente livre da doença. Para isso, o Mapa e
os governos dos estados realizam um trabalho conjunto, para proteger o
patrimônio pecuário nacional, tornando-o mais igualitário e competitivo”,
disse. A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região nordeste e possui
desde 2001 o status de livre de Febre Aftosa com Vacinação.
O Brasil possui
agora, com reconhecimento internacional, 23 estados e o Distrito Federal (DF),
como livres de febre aftosa com vacinação e Santa Catarina continua sendo o
único livre da doença sem vacinação.
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