O Porto Sul removeu mais um obstáculo
para a sua instalação, com a confirmação do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio de Licença
Prévia (LP), da área de implantação do empreendimento – Aritaguá, no município
de Ilhéus, na região sul.
Ainda este mês, serão entregues ao Ibama
os programas ambientais para aquisição da Licença de Instalação (LI). O cenário
dos portos baianos será alterado quando o Porto Sul entrar em funcionamento. O
empreendimento será responsável pela movimentação de 100 milhões de toneladas
de carga quando chegar ao pico de operações. A confirmação aconteceu no dia 26
de março último.
O empreendimento, que terá investimentos
privados de aproximadamente R$ 5,6 bilhões, será composto por dois Terminais de
Uso Privativo (TUP), um da Bahia Mineração (Bamin) e outro de Utilização da
Zona de Apoio Logístico, da Sociedade de
Propósito Específico (SPE). Os terminais vão transportar minérios de ferro, outros
minérios e grãos.
No período do Porto Sul devem ser gerados
quatro mil empregos diretos, quando estiver em operação os terminais empregarão
cerca de 1.715 pessoas, sendo 415 no terminal da Bamin e 1.300 no terminal da
SPE.
Os terminais privados
serão os primeiros na Bahia autorizados pela
presidente Dilma Rousseff, após a nova legislação portuária brasileira – Lei
nº. 12.815, de 5 de junho de 2013. As principais diretrizes da nova legislação
são a expansão e a modernização da infraestrutura portuária, a modicidade das
tarifas, a eficiência das atividades prestadas e o estímulo à concorrência,
mediante o incentivo à participação do setor privado.
Recorde
histórico - Em 2013,
os portos públicos (Aratu, Salvador e Ilhéus) e os cinco terminais privados da
Bahia tiveram um recorde histórico de movimentação, alcançando 36 milhões de
toneladas. Os demais estados nordestinos ficaram para trás - Suape, Mucuripe e
Recife (Pernambuco) movimentaram 14,6 milhões de toneladas, enquanto Pecém e
Fortaleza (Ceará), 12 milhões.
Isoladamente, o porto de Salvador teve o
melhor desempenho da sua história - 3,9 milhões de toneladas, 8,7 a mais que 2012. Grande
destaque ficou pela movimentação de contêineres. Foram mais de dois milhões de
toneladas, mais que o dobro de Pecém e 20% a mais que Suape.
Outro dado importante é que a Companhia
das Docas do Estado da Bahia (Codeba), responsável pela política portuária
baiana, pela primeira vez na sua história alcançou resultado positivo em seu
balanço, com um lucro líquido de R$ 10,4 milhões. Os resultados são decorrentes
de uma política iniciada em 2012, com a ampliação do terminal de contêineres da
Tecon Salvador, operado pelo Grupo Wilson Sons,
um investimento privado da ordem de R$ 180 milhões.
Além disso, em dois anos, o governo federal
investiu nos portos públicos baianos mais de R$ 720 milhões (incluindo recursos
da Codeba), que resultaram em maior eficiência na operação e diversificação de
cargas. Os investimentos permitiram que o porto de Salvador se tornasse destino
de cargueiros que estão entre os de maior calado e dimensões do hemisfério sul,
representando ganho de escala e refletindo a redução de custo geral da operação
portuária.
Ano passado, outro
recorde foi alcançado, a Tecon seguiu em primeiro lugar em movimentação de cargas
de navegação de longo curso entre os terminais de contêineres do nordeste,
segundo divulgou a Wilson Sons. De janeiro a novembro, foram mais de 133
mil TEU cheios movimentados na modalidade. Esse volume representa mais que o
dobro de Pecém (CE) e cerca de 25% a mais que o porto pernambucano de Suape.
04/04/14
Ias/is
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