24 de outubro de 2013

PRONUNCIAMENTO- Deputado Federal Geraldo Simões

Senhor Presidente. Senhoras Deputadas e Senhores Deputados

Quero manifestar minha preocupação sobre a forma em que o Governo Federal vem procedendo em relação à concessão de portos na Bahia.
Considero salutar que as iniciativas de avançar no processo de concessões tenham por objetivo o aumento da competitividade. Isto realmente acontece em outros Estados. No entanto, este aumento de competitividade deve ser buscado de forma racional, sem sacrifício da produtividade e de otimização de escala dos portos. Não podemos buscar fomentar a concorrência com aumento de custos e tarifas, penalizando lá na ponta a toda a sociedade.
Até mesmo nosso governador JAQUES WAGNER considerou que as propostas para o setor, feitas pelo Governo Federal, prejudicarão a Bahia. Nesse sentido e considerando que as autoridades federais estarão sensíveis às demandas legítimas e que objetivam maior eficiência e menores custos para a atividade portuária, tomo a iniciativa de apresentar à Secretaria Especial de Portos – SEP e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, uma indicação das seguintes modificações na proposta para a concessão no Estado da Bahia.
1 - Que os dois terminais grandes de líquidos, já existentes , Tequimar e Volpak, que têm direito contratuais de ampliação, sejam autorizados a expandirem-se, o que geraria menos custos que uma licitação para um terceiro terminal.
2 - Que ao terminal de Salvador, que acaba de fazer vultoso investimento em seu berço de atracação, para 340 metros e que está disposto a investir em outro berço de 350 metros, para o qual já apresentou plano, seja autorizada a assim proceder.
3 – Que, como existem varias áreas desocupadas e ociosas nos portos,inclusive em Salvador e Aratu, porque não licitar estas áreas, o que certamente aumentará a capacidade operacional dos portos organizados?
4 – Que, em relação aos contratos, que estão em operação prestando bons serviços e que querem investir e ampliar suas instalações, não é muito mais lógico adaptá-los de acordo às novas regras por meio de um processo de transição?
5 – E por último, não será mais adequado iniciar um processo de negociação e diálogo para a implantação das novas regras para os investimentos portuários, que não acarretem aumentos exorbitantes de tarifas, custos excessivos ao setor que vem operando com eficiência e investindo em novas instalações, evitando também o acirramento da disputa judicial que não é boa para ninguém?
São estas questões, que inclusive foram consideradas na Comissão Mista da Medida Provisória 595, em seu artigo 56, aprovadas no Plenário da Câmara e do Senado, que venho trazer aqui e que pretendo fazer chegar ao Governo Federal, com o objetivo de uma modernização adequada das infraestruturas portuárias para um melhor atendimento das necessidades do desenvolvimento nacional e de nosso Estado da Bahia.
Muito obrigado.

GERALDO SIMÕES
Deputado Federal – PT/BA


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