Uma eventual
entrada da praga huanglongbing (HLB)
na citricultura baiana causaria prejuízos da ordem de R$ 1,8 bilhão. Esse e
outros temas foram discutidos durante a 3ª Conferência Internacional de
Pesquisa em HLB, realizada este mês, na Flórida, nos Estados Unidos, esboçando
o esforço mundial de enfrentamento da doença.
O Governo do
Estado, por meio da Secretaria da Agricultura (Seagri), foi representado pela
Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que apresentou estudos e
pesquisas sobre os impactos gerados com a detecção da praga e as medidas
recomendadas de prevenção e controle do trânsito de material propagativo
(mudas).
A Bahia é o
segundo produtor de citros no ranking nacional
e, de acordo com o secretário Eduardo Salles, o estado possui um cenário
fitossanitário favorável à ampliação da citricultura, despertando maior atenção
dos organismos de defesa agropecuária e de pesquisa científica.
O diretor geral
da Adab, Paulo Emílio Torres, afirma
que, para salvaguardar a cadeia produtiva dos citros, é necessário compreender
a dinâmica populacional dos vetores da praga, as condições ecológicas e
ambientais, e também estar sempre alerta para as possibilidades de entrada da
praga nos pomares baianos”.
Estratégias - A Adab possui
um Plano de Contingenciamento do HLB, com estratégias interinstitucionais e
multidisciplinares para manter os pomares baianos livres da praga, como, por
exemplo, inspeções fitossanitárias, monitoramento em áreas comerciais,
armadilhamento em pontos estratégicos e fiscalização do trânsito de vegetais
nas barreiras sanitárias.
Segundo o diretor
de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Armando Sá, a Agência tem enviado esforços
para monitorar a população do inseto vetor da praga (Diaphorina citri) e a invasão da bactéria nos principais polos
produtores - litoral norte, Recôncavo, Chapada Diamantina, oeste e Juazeiro,
mantendo a Bahia na condição de “Área Livre de HLB”. O evento contou com 467
participantes e 165 trabalhos expostos nas diversas áreas.
HLB
- O
HLB (ex-Greening) é a mais grave e
destrutiva praga da citricultura mundial face ao impacto econômico que promove
nas áreas onde se instala. O agente causal é classificado como praga
quarentenária A2, segundo as instruções normativas nº 52, de 20/11/2007, e
nº41, de 01/07/2008, e constitui um fator de restrição à comercialização de
frutos cítricos para países e unidades da Federação livres da doença.
A contaminação
de uma área indene se dá por insetos vetores ou pelo plantio de mudas
infectadas e é causada por uma bactéria,Candidatus Liberibacter spp. Em termos
simples, as bactérias usam o inseto como meio de transporte e como
residência temporária, se disseminando para todo o pomar. Até o
momento não existe cura ou qualquer outro tratamento paliativo para árvores
afetadas.
O controle do
HLB é um programa a nível nacional coordenado pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) e executado no Estado pela Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab).
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