A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à
Secretaria da Agricultura (Seagri), reconhece a importância da cultura da
araruta, e por isso, desde 2008, promove a revitalização do seu cultivo, com
produção de mudas, dias de campo, palestras e cursos para manutenção da lavoura
no recôncavo baiano.
O objetivo da empresa é resgatar a cultura dessa planta, originária das
regiões tropicais da América do Sul, que está em via de extinção. Só em 2012,
foram capacitados mais de 150 agricultores familiares de Cruz das Almas, e
distribuídas aproximadamente 2.500 mudas de araruta, produzidas pela EBDA.
Segundo o engenheiro agrônomo da EBDA, Jorge Silveira, a empresa ensina
aos agricultores familiares, técnicas de cultivo da planta, preparação do solo,
processamento, uso medicinal e comercialização, além de incentivar a
organização de produtores em cooperativas e associações.
Para se ter uma ideia, cada 100 quilos de araruta são suficientes para
a produção de cerca de 20 quilos de fécula. Hoje, além de ser difícil encontrar
o verdadeiro polvilho de araruta, é raro até mesmo quem cultive a planta. Por
isso, se torna um bom negócio para quem está produzindo. O preço de mercado do
produto varia entre R$ 15 a
R$ 20 o quilo, justamente por não haver uma produção em larga escala.
Pediatra
recomenda para quem tem intolerância ao glúten
A fécula da araruta é considerada um alimento de fácil digestão e
utilizada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos. Também é usada na
recuperação de idosos, crianças ou adultos com debilidade física, no combate a
problemas pulmonares, queimaduras de sol, dores e picadas de cobras e
mosquitos.
O diferencial, em comparação com o trigo e a mandioca, é que a araruta
é um produto natural, leve e sem glúten, uma coisa boa para pessoas que possuem
intolerância ou reações alérgicas a essa proteína. O processo de produção é o
mesmo da mandioca, que tem sua fécula ou goma retirada com 12 meses de
plantada.
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