Novos investimentos em áreas exploratórias de
petróleo e gás, que podem alcançar R$ 800 milhões em quatro anos, e a retomada
das autorizações de pesquisa e lavra mineral na Bahia foram os temas de uma
reunião, nesta quarta-feira (5), do secretário do Planejamento do Estado, José
Sergio Gabrielli, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em Brasília
(DF).
Gabrielli levou um parecer jurídico elaborado
pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás
(ABPIP), a fim de que o governo federal autorize a assinatura dos contratos
relativos aos blocos da Bacia de Tucano Sul, no nordeste da Bahia, leiloados
durante a oitava rodada, que está licitando as áreas para a exploração de
petróleo e gás.
“Os leilões, promovidos pela Agência Nacional
de Petróleo (ANP), foram suspensos em novembro de 2006 por duas liminares,
depois de licitados 38 dos 284 blocos ofertados. O principal objetivo é retomar
a atividade exploratória, que será um importante investimento no semiárido
baiano, principalmente nos municípios de Olindina, Nova Soure, Antas, Sátiro
Dias e Biritinga”, destaca Gabrielli, lembrando ainda que o investimento criará
ao menos mil postos de trabalho que exigem pouca qualificação, independente de
encontrar petróleo ou gás”, destaca Gabrielli.
Adicionalmente, o titular da pasta do
Planejamento da Bahia conversou sobre o relatório da última reunião do Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE), que é um órgão de assessoramento da
Presidência da República, presidido pelo ministro Edison Lobão. “O interesse da
Bahia na homologação da ata é simples: a CNPE recomenda que as bacias
terrestres maduras entrem em regime de leilão permanente, ou seja, semestralmente
ocorrerão leilões”, afirma Gabrielli, pontuando também que deve-se ter uma
regulação especial para que as pequenas e médias empresas atuem em blocos em
terra.
Mineração – Até 2015, o investimento privado no setor de mineração na Bahia deve
alcançar R$ 20 bilhões, gerando emprego e renda no semiárido baiano. Um exemplo
de como o setor está aquecido são os 1652 pedidos de pesquisa mineral e 19 de
lavra, que até o momento não foram autorizados devido à discussão de um novo
marco regulatório.
De acordo com o cadastro de produtores
minerais do estado, até o momento existem 340 empresas atuando na Bahia. Apenas
em 2011, a
produção mineral comercializada no estado superou os R$ 2 bilhões.
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