A fazenda Palestina dos Marques, começada em 1908, pelos irmãos
Theodomiro e Epiphânio Marques deu início a nossa colonização.
Em 1916, Manoel Marques dos
Santos Primo, outro filho de Saturnino Marques, comprou um roçado nas mãos
de Calixto Roxo, fundando um povoado ao qual deu o nome de PALESTRA, em razão das freqüentes reuniões no barracão central,
onde entabulavam negócios e palestravam para “matar o tempo”.
Segundo José Pereira da Costa, em sua obra, “TERRA. SUOR E SANGUE”,
Lembrança do Passado – História da Região Cacaueira, “Theodomiro Marques, velho boiadeiro e abatedor de gado em Boqueirão,
montou açougue em Palestra, abatendo gado aos domingos, seguido depois por
Antônio e Tibúrcio Araújo, onde foi criado também uma rancharia de pouso, dos
viajantes e tropeiros de Conquista, Encruzilhada, Pedra Azul e demais cidades
do interior de Minas Gerais. Com aquele pouso, e a matança de gado aos
domingos, aglomeravam-se muita gente naquele local.”
“Então um popular teve a lembrança de montar
ali uma pequena padaria, intitulada Padaria Popular, de Graciliano Santos. Após
Graciliano, ali instalou-se também uma pequena bodega de Crescêncio de
Carvalho, seguidos depois outros pequenos negociantes, como Francisco de Assis Araújo, que transferiu o seu
armazém de molhados e compra de cacau de Itabuna para Palestra.”
O autor do livro “O JEQUITIBÁ DA TABOCA”, Ensaios Históricos de Itabuna,
Prof°. Oscar Ribeiro Gonçalves, diz que o pai de Manoel Marques dos Santos
Primo, “Saturnino Marques dos Santos foi,
com o engenheiro Aurélio Pires Caldas, fazer medição dum lugar e, tal a sua
planície o engenheiro disse: - Descobrimos a Palestina.” A partir daí o
topônimo primitivo PALESTRA foi
substituído pelo de PALESTINA.”
O Governador da Bahia, Frederico Augusto Rodrigues da Costa, assinou a Lei n°. 2.239, de 12 de agosto de 1930,
criando no município e termo de Itabuna mais um distrito de paz, com a denominação de PALESTINA.
(FOTO 1 - JOSÉ
TITO DE LIMA)
Em 9 de
março de 1937, José Tito de Lima é nomeado 1° Administrador do Distrito
de Palestina.
(FOTO 2 - GOV. RÉGIS PACHECO)
O Governador da Bahia, Dr. Luiz Régis Pereira Pacheco, que
governou o Estado de 31 de janeiro de 1951 até 07 de abril de 1955, assinou a
Lei n° 491, de 22 de outubro de 1952, que cria o Município de Ibicaraí,
desmembrado do de Itabuna.
(Foto 3 - Dr. Henrique Sampaio)
Em 7 de abril de 1955, toma
posse o Primeiro Prefeito Municipal, Dr. Henrique Pimentel Sampaio, que
governou até 7 de abril de 1959.
(Foto 4 - de João Batista de
Assis)
João Batista de Assis, o maior benfeitor da História de Ibicaraí, doou os
terrenos para a construção do Montepio dos Artistas, da Escola Rural, (hoje
Colégio Ana Nery), da Maçonaria, as três primeiras salas de aulas da Escola
Comercial de Ibicaraí, (hoje Faculdades Montenegro) e do novo Cemitério João
Batista de Assis, localizado em sua fazenda no final da Rua Siqueira Campos, em
substituição o já ultrapassado Cemitério que ficava localizado na antiga Rua 24
de outubro, hoje, Rua Juracy Montenegro Magalhães.
A chuva caia diariamente em
Ibicaraí, naqueles tempos e o acesso ao novo Cemitério era muito difícil em
virtude da lama que vinha até a “canela” do morador, que ia levar o seu ente
querido a eterna morada.
Ao tomar posse o Prefeito
Dr° Henrique Sampaio, providenciou a drenagem do acesso ao novo Cemitério
na Rua Siqueira Campos e a sua pavimentação com pedras irregulares. A cidade
cresceu e a drenagem da Rua continuou praticamente 57 anos sem solução por
parte dos seus sucessores.
Só agora, em 2012, é que o
caso foi solucionado pelo Prefeito Lenildo Alves Santana, que
contrariou os Engenheiros da Empresa PAVISERVICE, que haviam projetado duas
manilhas de 20 cm, para a drenagem das águas pluviais daquela região, para duas
de 40 cm, conforme as fotos, dobrando a capacidade de escoamento das águas. Foi
colocado uma camada de concreto numa malha de ferro, sobre as manilhas, para
uma maior proteção e segurança do serviço.
A ousadia do Prefeito
Lenildo foi tanta, que além do caucetamento da Rua Siqueira Campos, vai
asfaltar, nos mesmos moldes que fez com as Ruas José de Oliveira Matos, no
Bairro Novo, Rua Acelino Prudente de Moraes, no Duque de Caxias e a Av. São
Vicente de Paula, até a Barbearia de “Passarinho”, no Luxo.
Texto e fotos: Waldir Montenegro
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