22 de outubro de 2012

IBICARAÍ, 60 ANOS DE HISTÓRIA


A fazenda Palestina dos Marques, começada em 1908, pelos irmãos Theodomiro e Epiphânio Marques deu início a nossa colonização.

Em 1916, Manoel Marques dos Santos Primo, outro filho de Saturnino Marques, comprou um roçado nas mãos de Calixto Roxo, fundando um povoado ao qual deu o nome de PALESTRA, em razão das freqüentes reuniões no barracão central, onde entabulavam negócios e palestravam para “matar o tempo”.

Segundo José Pereira da Costa, em sua obra, “TERRA. SUOR E SANGUE”, Lembrança do Passado – História da Região Cacaueira, “Theodomiro Marques, velho boiadeiro e abatedor de gado em Boqueirão, montou açougue em Palestra, abatendo gado aos domingos, seguido depois por Antônio e Tibúrcio Araújo, onde foi criado também uma rancharia de pouso, dos viajantes e tropeiros de Conquista, Encruzilhada, Pedra Azul e demais cidades do interior de Minas Gerais. Com aquele pouso, e a matança de gado aos domingos, aglomeravam-se muita gente naquele local.”

“Então um popular teve a lembrança de montar ali uma pequena padaria, intitulada Padaria Popular, de Graciliano Santos. Após Graciliano, ali instalou-se também uma pequena bodega de Crescêncio de Carvalho, seguidos depois outros pequenos negociantes, como Francisco de Assis Araújo, que transferiu o seu armazém de molhados e compra de cacau de Itabuna para Palestra.”

O autor do livro “O JEQUITIBÁ DA TABOCA”, Ensaios Históricos de Itabuna, Prof°. Oscar Ribeiro Gonçalves, diz que o pai de Manoel Marques dos Santos Primo, “Saturnino Marques dos Santos foi, com o engenheiro Aurélio Pires Caldas, fazer medição dum lugar e, tal a sua planície o engenheiro disse: - Descobrimos a Palestina.” A partir daí o topônimo primitivo PALESTRA foi substituído pelo de PALESTINA.

O Governador da Bahia, Frederico Augusto Rodrigues da Costa, assinou a Lei n°. 2.239, de 12 de agosto de 1930, criando no município e termo de Itabuna mais um distrito de paz, com a denominação de PALESTINA.

 
 
 
(FOTO 1 - JOSÉ TITO DE LIMA)

Em 9 de março de 1937, José Tito de Lima é nomeado 1° Administrador do Distrito de Palestina.

 

 
 
(FOTO 2 - GOV. RÉGIS PACHECO)

O Governador da Bahia, Dr. Luiz Régis Pereira Pacheco, que governou o Estado de 31 de janeiro de 1951 até 07 de abril de 1955, assinou a Lei n° 491, de 22 de outubro de 1952, que cria o Município de Ibicaraí, desmembrado do de Itabuna.

 
(Foto 3 - Dr. Henrique Sampaio)

Em 7 de abril de 1955, toma posse o Primeiro Prefeito Municipal, Dr. Henrique Pimentel Sampaio, que governou até 7 de abril de 1959.

 
 
(Foto 4 - de João Batista de Assis)

João Batista de Assis, o maior benfeitor da História de Ibicaraí, doou os terrenos para a construção do Montepio dos Artistas, da Escola Rural, (hoje Colégio Ana Nery), da Maçonaria, as três primeiras salas de aulas da Escola Comercial de Ibicaraí, (hoje Faculdades Montenegro) e do novo Cemitério João Batista de Assis, localizado em sua fazenda no final da Rua Siqueira Campos, em substituição o já ultrapassado Cemitério que ficava localizado na antiga Rua 24 de outubro, hoje, Rua Juracy Montenegro Magalhães.

A chuva caia diariamente em Ibicaraí, naqueles tempos e o acesso ao novo Cemitério era muito difícil em virtude da lama que vinha até a “canela” do morador, que ia levar o seu ente querido a eterna morada.

 
Ao tomar posse o Prefeito Dr° Henrique Sampaio, providenciou a drenagem do acesso ao novo Cemitério na Rua Siqueira Campos e a sua pavimentação com pedras irregulares. A cidade cresceu e a drenagem da Rua continuou praticamente 57 anos sem solução por parte dos seus sucessores.

Só agora, em 2012, é que o caso foi solucionado pelo Prefeito Lenildo Alves Santana, que contrariou os Engenheiros da Empresa PAVISERVICE, que haviam projetado duas manilhas de 20 cm, para a drenagem das águas pluviais daquela região, para duas de 40 cm, conforme as fotos, dobrando a capacidade de escoamento das águas. Foi colocado uma camada de concreto numa malha de ferro, sobre as manilhas, para uma maior proteção e segurança do serviço.

 
A ousadia do Prefeito Lenildo foi tanta, que além do caucetamento da Rua Siqueira Campos, vai asfaltar, nos mesmos moldes que fez com as Ruas José de Oliveira Matos, no Bairro Novo, Rua Acelino Prudente de Moraes, no Duque de Caxias e a Av. São Vicente de Paula, até a Barbearia de “Passarinho”, no Luxo.

Texto e fotos: Waldir Montenegro

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