Dois
artigos publicados na edição online da revista "Nature" nesta
quarta-feira (4) revelam os mecanismos de resistência do câncer a remédios.
Segundo os textos, que foram feitos nos EUA de forma independente, algumas
substâncias secretadas pelos tumores podem anular os efeitos de vários
medicamentos.
Uma
descoberta com impacto clínico imediato é a de um fator genético que leva à
resistência no tratamento de um conjunto de melanomas, o tipo mais agressivo de
câncer de pele.
Os
cientistas sugerem, então, uma terapia combinada de remédios como forma de
superar esse mecanismo de resistência à doença, que ainda desafia a medicina.
Os
trabalhos foram liderados separadamente pelos pesquisadores Todd Golub, do
Instituto Broad – uma parceria entre a Universidade de Harvard, o Instituto
Tecnológico de Massachusetts (MIT), hospitais e o Instituto Whitehead de
Pesquisa Biomédica – , e Jeffrey Settleman, da empresa de biotecnologia
Genentech, Inc., localizada em San Francisco.
Ambos dão
evidências de que um tipo de proliferação celular chamado fator de crescimento
de hepatócitos – células do fígado que sintetizam proteínas para o órgão e para
outras partes do corpo – é produzido por melanomas que apresentam mutações em
um gene chamado BRAF.
Esse
fator de crescimento celular atua em processos como o desenvolvimento de órgãos
embrionários, a regeneração de órgãos adultos e a cicatrização.
Os
autores avaliam que inibidores desse gene devem ser testados em pacientes com
melanoma para resultados mais conclusivos. Eles acreditam que a resistência ao
câncer funcione de forma semelhante em outros fatores de crescimento e tipos de
células tumorais.
G1- São
Paulo
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