O Governo do Estado conseguiu reocupar, no sudoeste da Bahia, todos os
18 galpões industriais fechados pela Vulcabras/Azaleia. Em apenas dois dos
galpões – em Itati, distrito de Itororó, e em Itapetinga – não funciona uma
nova fábrica de calçados, mas uma fundição e uma indústria têxtil. Nos demais
16, distribuídos entre os municípios de Itapetinga, Itororó, Firmino Alves,
Itambé, Caatiba, Macarani, Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí e Iguaí.
Com isso se expande um polo industrial de calçados femininos das marcas Lia Line, Bárbara Kras e Renata Mello, todas originárias de Santa Catarina, transportando para a Bahia a potência do Vale do Rio Tijucas, a 70 km de Florianópolis – um dos maiores polos industriais de calçados femininos do país. Além das três novas indústrias calçadistas, a fábrica da Vulcabrás/Azaleia sediada em Itapetinga continua a produzir normalmente, com 5.800 trabalhadores empregados.
Com isso se expande um polo industrial de calçados femininos das marcas Lia Line, Bárbara Kras e Renata Mello, todas originárias de Santa Catarina, transportando para a Bahia a potência do Vale do Rio Tijucas, a 70 km de Florianópolis – um dos maiores polos industriais de calçados femininos do país. Além das três novas indústrias calçadistas, a fábrica da Vulcabrás/Azaleia sediada em Itapetinga continua a produzir normalmente, com 5.800 trabalhadores empregados.
Novas ocupações
Na próxima quinta-feira (30), na Câmara Municipal de Itapetinga, às 9h,
o secretário de Desenvolvimento Econômico, James Correia, acompanhado do
presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo
Alban, assina os últimos contratos dos galpões que serão ocupados pelas
companhias Lia Line e Renata Mello. “A infraestrutura pronta e uma oferta de
mão-de-obra especializada, formada pela Vulcabras/Azaleia, é que estão
transformando Itapetinga e região em um polo de calçados femininos, com moda
diferenciada e maior valor agregado. O que essas três indústrias estão
produzindo são verdadeiras obras de arte para os pés”, afirmou Correia.
Instalada na Bahia desde junho de 2013, a Lia Line, do Grupo Irmãos
Soares, cuja matriz é em Nova Trento/SC, ocupa seis galpões industriais em
Itapetinga, Itororó, Firmino Alves e Ibicuí. A companhia já investiu R$ 16,7
milhões desde que chegou à Bahia, triplicando a produção dos sapatos e
sandálias femininas das marcas Lia Line e Sua Cia, essa voltada para o público
jovem. Em junho do ano passado, a Lia Line ocupou também os galpões do distrito
de Rio do Meio, em Itororó, e de Firmino Alves. Agora, vai começar a produzir
em Ibicuí. Ao todo, a empresa já emprega cerca de 1.700 trabalhadores em suas
unidades fabris da Bahia. “Estamos apostando na exportação. As novas unidades
industriais serão voltadas para o mercado externo, principalmente Europa e
América do Sul, embora não descuidemos do nosso excelente mercado regional.
Somente na Bahia, nosso principal mercado no Nordeste, estamos em 593 pontos de
venda”, destacou o diretor-presidente da empresa, Irivan Soares.
Mão-de-obra valorizada
A ocorrência de uma mão-de-obra qualificada, com experiência na área
calçadista, foi um dos fatores que também contribuíram para a rápida expansão
da Bárbara Kras – cuja razão social na Bahia é Calçados Itambé. A empresa, cuja
matriz é no município de São João Batista/SC, começou a operar em Itambé no
início do ano passado e, em setembro, no mesmo município, deu partida à sua
segunda linha de produção. Em seguida, abriu três novas unidades industriais:
duas em Macarani e uma em Caatiba.
“Ao todo, já são R$ 10 milhões de investimentos na Bahia e a geração de
900 empregos diretos. A nossa meta com as fábricas na região é produzir dez mil
pares por dia, com o foco no mercado brasileiro que é muito grande. Nossa fatia
de exportação é muito pequena – em torno de 1% – mas queremos aumentá-la.
Investir na Bahia é para nós uma oportunidade de crescimento, porque o apetite
das nossas consumidoras por moda de qualidade continua muito grande”, diz
Adalberto Soares, diretor da Barbara Kras.
Seguindo os passos da Lia Line e da Bárbara Kras, a última marca
catarinense do Vale do Rio Tijucas a aportar no sudoeste baiano é o grupo
Suzana Santos, que na Bahia irá produzir a linha de calçados femininos Renata
Mello. A companhia também responde pelas marcas Suzana Santos, Arts’Brasil e
Azillê. A indústria, originária de São João Batista/SC, irá ocupar os galpões
de Iguaí, Potiraguá, Maiquinique e Itarantim, com investimentos de R$ 10,2
milhões e geração de 2.500 empregos diretos. Em Itarantim irá funcionar também
um centro de distribuição, com área de 4 mil m2, para atendimento aos mercados
do Norte/Nordeste. A produção das novas unidades fabris da Bahia irá reforçar o
abastecimento do mercado brasileiro, alem de ser exportada para países da
América do Sul e Central, Rússia e Filipinas.
“Nossa aposta na Bahia é a do crescimento. Hoje, produzimos 16 mil pares
de calçados femininos por dia e vamos dobrar essa produção. Além disso,
precisamos estar mais perto das nossas consumidoras. Por causa da distância e
da logística complexa, chegamos a demorar 25 dias para entregar um par de
calçados. Com as unidades da Bahia, esse tempo cai para quatro ou cinco dias”,
aposta Janderson Marchiori, diretor-executivo do grupo Suzana Santos.
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