Com 1.527 quilômetros de extensão, as obras da Ferrovia de Integração
Oeste-Leste (Fiol) avançam na Bahia e já estão na fase de assentamento dos
trilhos em alguns lotes, como nos municípios de Brumado e Tanhaçu. De agosto do
ano passado até 2 de fevereiro deste ano, cerca de 35 mil toneladas de trilhos
chegaram ao Porto de Ilhéus e foram encaminhadas para os trechos em obras onde
já começaram a ser assentados. Nesta terça-feira (24), mais 5,9 toneladas de
trilhos provenientes da China chegaram a Ilhéus e vão ser enviadas ao lote 2,
em Jequié.
Nove dos 13 lotes da ferrovia estão em território baiano. Quando concluída, a linha férrea ligará o Porto de Ilhéus e as cidades baianas de Caetité e Barreiras ao município de Figueirópolis, no estado do Tocantins.
Nove dos 13 lotes da ferrovia estão em território baiano. Quando concluída, a linha férrea ligará o Porto de Ilhéus e as cidades baianas de Caetité e Barreiras ao município de Figueirópolis, no estado do Tocantins.
Conforme o coordenador executivo de Infraestrutura e Logística da Casa Civil da Bahia, Eracy Lafuente, quando os primeiros quatro lotes, de Ilhéus a Caetité, estiverem concluídos os reflexos na economia serão ainda maiores. “A previsão, em termos de viabilidade econômica, do lote um ao lote quatro, é de [transportar] 20 milhões de toneladas ao ano de granéis de minerais, garantindo o retorno do investimento na ferrovia. Para o setor, significa ter demanda e capacidade para o transporte. Ou seja, vamos ter demanda para que um operador ferroviário e portuário possa alavancar negócios”.
Lafuente observou ainda que, no que se refere à exploração de minério nas regiões de Guanambi, Caetité, Brumado e na parte leste Ilhéus, “a perspectiva é que tenha cinturões de exploração de vários minérios que, a partir da logística [da Fiol], tenham viabilidade econômica”.
De acordo com o gerente regional da Valec Engenharias, Construções e Ferrovias S/A, Rodrigo Caires, responsável pelos lotes 3 (Tanhaçu) e 4 (Brumado) da Fiol, “em torno de 75% da obra dos dois lotes já está concluída. A previsão é fazer 20 quilômetros por mês. Portanto, o prazo de concluir em dezembro de 2015 os lotes 3 e 4 será cumprido”, garante.
O lote 3 possui 115 quilômetros e, atualmente, gera 730 empregos diretos. Já o lote 4, tem 177 quilômetros e tem 1,6 mil pessoas, entre técnicos, soldadores, fiscais, entre outros profissionais, trabalhando diariamente. A previsão é de que a obra no trecho que compreende Ilhéus e Caetité seja finalizada entre 2016 e 2017 e, o trecho entre Caetité e Barreiras, começa a funcionar entre 2017 e 2018.
Geração de emprego
Juntos, os lotes 3 e 4 empregam 2,3 mil pessoas. Uma das vagas foi ocupada por Malane Teixeira, 26 anos, residente em Brumado. Atualmente na função de fiscal de campo, ela afirma que trabalhar na construção da Fiol tem sido uma experiência positiva. “Já estou na empresa há exatamente um ano. Entrei como auxiliar administrativo e hoje sou fiscal de campo na parte de superestrutura. Estou gostando. A cada dia tenho aprendido mais”.
A população dos municípios por onde a Fiol passa está otimista com o avanço das obras. Para Deisi Aguiar, vendedora de uma loja de eletrodomésticos em Brumado, a expectativa é que, quando concluída, a obra gere ainda mais empregos na cidade. “Melhora a qualidade de vida, surgem cursos de capacitação”.
Já para Amadeu de Jesus, proprietário de uma churrascaria na mesma cidade, “a Fiol vai fazer crescer a economia em Brumado. Vai trazer mais movimento. Vai melhorar para todos os comerciantes. Essa obra tem ajudado muito as pessoas dessa região, antes tinha muito desemprego aqui”.
Fonte: SECOM-BA.
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