Os membros do Conselho Estadual de
Cultura (CEC) aprovaram o Plano Estadual de Cultura, que define as prioridades
da política cultural da Bahia nos próximos dez anos. O documento foi colocado
em votação durante sessão plenária na última terça-feira (5), na sede do órgão,
no Campo Grande, em
Salvador. Agora , a Secretaria de Cultura (Secult) terá que
encaminhá-lo para votação na Assembleia Legislativa da Bahia.
O Plano reúne
diretrizes, estratégias e ações que envolvem diversas áreas da cultura. Sua
elaboração teve como alicerce, as demandas discutidas pela sociedade civil nas
quatro conferências estaduais, setoriais e territoriais de cultura, além de ter
sido feita uma consulta pública. O texto final do documento será divulgado após
a votação na Assembleia Legislativa, porém, algumas emendas foram inseridas por
sugestões dos conselheiros.
Uma das emendas
mais importantes é a que obriga o poder público a oferecer assessoria técnica
aos conselhos de cultura. A ideia é que essa ação beneficie os agentes
culturais de cidades do interior que precisam compreender como as políticas
culturais são desenvolvidas. Outra alteração é a que determina a necessidade de
se estimular a criação de Câmaras Temáticas de Cultura nos Colegiados de
Desenvolvimento Territorial (Codeters), estimulando as discussões das políticas
culturais dos territórios de identidade.
Integração - Já no capítulo
que trata das ações da economia da cultura, foi ampliado o item baseado em uma
demanda oriunda da consulta pública e que trata de como melhorar a participação
da cultura no desenvolvimento da Bahia. A redação final determina que seja
estimulada, “por meio de parcerias com entidades da sociedade civil e do poder
público, a economia solidária no campo cultural”.
A votação do
Plano Estadual de Cultura foi mediada pelo vice-presidente do CEC, Aurélio
Schommer. Estiveram presentes os consultores do Ministério da Cultura (MinC),
Sophia Rocha e Henrique Andrade, que apresentaram o documento antes da votação.
Ela explicou que
o plano será crucial na integração com as normas que serão implantadas pelos
Planos Setoriais. “É impossível que o Plano abarque tudo relacionado à cultura
da Bahia. As especificidades de cada área serão tratadas dentro dos planos
setoriais”.
Histórico - O Plano
Estadual de Cultura foi criado com a participação de um grupo de trabalho instituído
a partir das quatro unidades vinculadas da Secult - Fundação Pedro Calmon
(FPC), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Instituto do Patrimônio
Artístico e Cultural (Ipac) e Centro de Culturas Populares e Identitárias
(CCPI). Também fizeram parte do debate as superintendências de Promoção
Cultural e de Desenvolvimento Territorial da Cultura.
O conteúdo do projeto foi debatido ainda
em reuniões com os membros do Conselho Estadual de Cultura, representantes da
comissão da rede de Pontos de Cultura da Bahia e a diretoria da Associação de
Dirigentes Municipais de Cultura (Adimcba). Seu texto é dividido em três eixos,
entre eles, o diagnóstico cultural para fornecer subsídios destinados a definir
ações prioritárias. O documento é finalizado com as diretrizes, estratégias e
ações, que deverão ser executadas ao longo de uma década. O material é constituído
também por metas, fontes de financiamento e critérios que norteiam o seu
monitoramento e avaliação.
07/11/13
cas/is
Nenhum comentário:
Postar um comentário