Na
noite desta segunda-feira (10), dia dedicado aos Direitos Humanos, o deputado
estadual Marcelino Galo (PT) esteve com o governador da Bahia, Jaques Wagner, junto
com a ministra Maria do Rosário, titular da pasta no governo Dilma, para
participar do ato que selou a criação da Comissão da Verdade na Bahia, que
passa a investigar os crimes cometidos durante a ditadura no estado. A assinatura
do decreto estadual aconteceu durante a abertura da 1ª Mostra Cinema e Direitos
Humanos na Rua, realizada em Salvador, na segunda (10) e terça-feira (11), na
Praça do Cruzeiro, no Pelourinho.
Além
disso, o chefe do executivo baiano afirmou, durante seu pronunciamento, que vai
desapropriar a localidade onde funciona o terreiro de candomblé Ilê Axé Ayrá
Izô, no bairro de Campinas de Brotas, em Salvador. “Não é uma decisão que vai
de encontro com o poder judiciário, mas o governador tem autonomia para desapropriar
e se pela justiça os povos de terreiros não conseguiram, vamos pelo poder
executivo e garantir que essas pessoas continuem cultuando sua religião no
local de origem”, afirma Wagner.
O
deputado Marcelino Galo, reiterou a importância de continuar um debate social
que começou no governo federal e que já toma os estados brasileiros. “Temos
agora constituído uma comissão que vai investigar os crimes cometidos durante a
ditadura militar na Bahia e que será um mecanismo para reescrever a história de
pessoas que sofreram torturas e que ainda sentem isso na alma”, declara o
parlamentar, que recepcionou a ministra Maria do Rosário em sua chegada no
aeroporto de Salvador.
Já
a titular da pasta de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a
ministra Maria do Rosário, destacou o projeto na capital Salvador. “Essa é a
primeira sessão de cinema que fazemos na rua. Estivemos em outras capitais
antes, mas aqui em Salvador é a primeira vez que realizamos a ação no meio da
rua, uma nova dinâmica para o cinema e para esse projeto. A intenção é que o
projeto continue de forma itinerante no ano de 2012” , finaliza.
Entre
os títulos que foram exibidos nesta segunda no Pelourinho, destacam-se obras
como “O Cadeado”, de Leon Sampaio, que revela a problematização de um cotidiano
existente em diversas regiões do país e aponta esperançosamente para a crença
no outro, na coletividade e nos valores humanos. Também estão na lista, “A
Galinha que Burlou o Sistema”, de Quico Meirelles e “Funeral à Cigana”, de
Fernando Honesko.
Ascom do
deputado Marcelino Galo
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