A produção de mudas de banana e os experimentos com genótipos de cacau
foram retomados pelo Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), vinculado à
Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado
(Seagri). A expectativa é que em dezembro deste ano sejam disponibilizadas para
os agricultores cerca de 600 mil mudas de banana das variedades prata e terra.
“Em parceria com a biofábrica, vamos produzir, multiplicar e distribuir aos
agricultores materiais genéticos de alta produtividade e alto valor agronômico,
associado à produção de mudas selecionadas de frutíferas tropicais compatíveis
com os diversos ecossistemas da Bahia”, disse o secretário estadual, Vitor
Bonfim.
O experimento com cacau visa testar em escala comercial a propagação por enraizamento de miniestaca, técnica que promove incrementos na produção de mudas, uma vez que se pode coletar significativa quantidade de miniestaca por planta. Em paralelo, está sendo realizado um experimento com cacau por estudantes de mestrado da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), com colaboração da Biofábrica, no intuito de gerar ciência e tecnologia para essa produção.
O cultivo das mudas de banana é feito por micropropagação vegetativa no laboratório do IBC, com a fabricação de mudas indexadas, sem patógenos (microrganismos que causam doenças em outros organismos), com garantia de origem, de qualidade e sanidade, com foco na prevenção da Sigatoka-negra, uma das principais doenças da bananeira. As atividades ocorrem no parque fabril do instituto, localizado no povoado Banco do Pedro, em Ilhéus, no Sul da Bahia. “Com essa medida, a cadeia produtiva da banana já pode ter um alento quanto à retomada da produção desse material, associado às ações de prevenção empreendidas pela Seagri, através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab)”, explica o diretor-geral da Biofábrica, Lanns Almeida.
De acordo com Almeida, os programas de Qualidade e Sustentabilidade estão em fase de elaboração e serão implementados com a parceria de instituições como a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Instituto Federal da Bahia (Ifba). “Fazem parte do cronograma o projeto de economia energética e hídrica; a implantação do Plano de Prevenção de Riscos Ambientais, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; do projeto de controle dos aspectos de produção, além do projeto de controle de pós-entrega das mudas, semelhante a um ‘pós-venda’ comercial, por meio de assistência técnica rural”, informou.
O instituto
O IBC possui em sua estrutura 20 viveiros de produção credenciados, um laboratório de micropropagação vegetal e um banco de dados e conhecimentos em protocolos técnicos e científicos certificados por instituições como a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a Uesc, a Adab e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Recentemente, foi iniciado projeto de extensão próprio da Biofábrica, que está em execução junto à comunidade rural e assentamentos vizinhos ao povoado Banco do Pedro.
Fonte: Ascom/Seagri
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