Três anos após a entrada em funcionamento do seu primeiro parque eólico,
em Brotas de Macaúbas, no sudoeste do estado, a Bahia já ocupa o segundo lugar
nacional na geração da energia pela força dos ventos. De acordo com dados da
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com a produção de 463
megawatts, registrados em maio deste ano, a Bahia superou o Ceará e o Rio
Grande do Sul, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, estado pioneiro na
geração de energia eólica no País.
Segundo os números da CCEE, o Rio Grande do Norte lidera, com a produção
de 720 megawatts. Ceará e o Rio Grande do Sul ocupam o terceiro e quarto
lugares, com 380 e 328 megawatts, respectivamente. Com o atual ritmo de
crescimento, a previsão é que os ventos se tornem a maior fonte da matriz
energética da Bahia em 2021.
A Bahia tem 168 projetos de energia eólica espalhados em 21 municípios.
Do total, 37 parques já estão operando, 31 em construção e os demais em fase de
projeto e licenciamento ambiental. Os investimentos no setor estão na ordem de
R$ 16 bilhões. “É um resultado para se comemorar. Ultrapassamos o Ceará e o Rio
Grande do Sul, que estão no setor há mais tempo e possuem parques com
capacidade instalada maior que a nossa. A expectativa é de que a Bahia supere a
marca de 1 GW [gigawatt] até meados do próximo ano”, afirma o secretário de
Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda.
Crescimento
Hereda afirmou ainda que a Bahia já dispõe de um parque de componentes
completo, fabricando de torres a aerogeradores. “Esses equipamentos são
fabricados por empresas do porte da Alstom, Gamesa, Acciona, Torrebras e TEN. A
Tecsis, fabricante de pás, entra em funcionamento no próximo ano, completando a
cadeia de componentes eólicos”.
Em maio, as usinas eólicas brasileiras produziram 176% a mais de energia
na comparação com o mesmo período de 2014. Este ano já foram gerados 2,03 GW,
enquanto o montante do ano passado ficou em 0,73 GW. A capacidade instalada da
fonte no Brasil chegou a 6,2 gigawatts. O resultado representa crescimento de
78% em relação ao ano passado, quando a capacidade era de 3,5 GW.
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