Os agricultores da pequena comunidade do
Queijo, localizada no município de Nova Fátima, no nordeste baiano, podem agora
contar com uma nova alternativa voltada à geração de renda, ocupação e
segurança alimentar - o projeto de criação de galinhas caipiras, executado pelo
Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR)/Produzir, ação da Companhia de
Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de
Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir).
O
projeto tem o objetivo de melhorar a qualidade dos alimentos
consumidos pelas famílias dos agricultores, com a oferta de carne de frango e
ovos, além de criar a oportunidade de um crescimento econômico viável para os
produtores da região, por meio da comercialização do excedente da produção. No
total, 25 famílias estão sendo beneficiadas pela iniciativa.
Para o agricultor Luís Carlos Lima, o
projeto “é um dos melhores benefícios já recebidos pela comunidade do Queijo”,
e o sistema, implantado pelo Escritório Regional da CAR, em Serrinha, “está
ajudando as famílias na qualidade da alimentação e melhorando a saúde”.
Ele também destaca que as famílias
beneficiadas estão satisfeitas com os primeiros resultados alcançados pela
atividade. “Hoje, estamos com o sorriso largo. Além dos efeitos para a saúde da
comunidade, com a redução do consumo de hormônios presentes nas galinhas de
granja, temos a oportunidade de trabalhar junto com toda a minha família. Isso
possibilita ainda agregar ao sistema outros parentes, que não moram em nossas
casas”.
Segundo o presidente da Associação dos
Moradores da Região do Queijo, Gilmário Ferreira de Oliveira, o projeto
beneficia a comunidade na geração de renda e trabalho e proporciona autonomia
para os agricultores que possuíam pequenas propriedades. “Recebemos, por meio
da CAR, toda infraestrutura, equipamentos e materiais, a exemplo dos
comedouros, bebedouros, kit forrageiro e chocadeiras elétricas, que beneficiam
os criadores individualmente ou coletivamente”.
Capacitações - Além dos
equipamentos fornecidos pelo governo estadual, por meio da CAR, foram
realizados treinamentos e capacitações em parceria com o sindicato e outras
organizações locais. O presidente da associação afirma que o projeto vem
transformando a vida das famílias que, além de consumir as aves e ovos, podem
melhorar a renda com a comercialização do excedente.
O projeto também
viabiliza a difusão de tecnologias de fácil assimilação e voltadas à
agroecologia, que mantem o bem-estar das aves, com a utilização de recursos da
própria unidade produtiva. Nesse processo, são selecionadas matrizes existentes
na comunidade e adotado um sistema de manejo semiextensivo com instalações de
galinheiros e piquetes (que separam as aves por idade), introduzindo
chocadeiras elétricas de pequeno porte.
04/08/14
Oas/is
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