O
Parque Zoobotânico Getúlio Vargas conseguiu, no mês de maio deste ano, o
sucesso reprodutivo com o nascimento de mais dois filhotes de Harpia,
proveniente de casal de recinto de visitação pública. Tratam-se dos primeiros
nascimentos registrados em zoológicos no Brasil. Antes deles, em 2012 e 2013,
mais dois foram reproduzidos, mas, infelizmente, não sobreviveram ao período de
monitoramento.
No final de março
de 2014, as aves reproduziram mais uma vez, e a fêmea botou mais dois ovos. Com
todos os cuidados técnicos necessários, foram organizados plantões noturnos
para garantir a segurança dos animais e do próprio recinto.
Em 8 de maio, o
nascimento do filhote de harpia aconteceu. Já o segundo filhote só veio a
nascer no dia 14. A
partir disto, os animais foram retirados dos seus recintos e passaram por
cuidados veterinários no Setor do Berçário do Zoo, o que aumentou a chance de
vida dos recém-nascidos em 50%. Atualmente, as duas harpias estão sendo
monitoradas durante 24 horas.
O coordenador do
Parque Zoobotânico, Gerson Norberto, enfatiza a importância do nascimento do
animal e da criação de espécies ameaçadas de extinção no Zoológico de Salvador,
já que, até o presente momento, ainda não foi registrado a reprodução em
recintos de Harpia Harpyja.
“O Zoo vem estimulando o aprimoramento de pesquisas, fomentando o
desenvolvimento conhecimentos práticos e, em especial, no aumento do sucesso
reprodutivo das espécies silvestres brasileiras, com o objetivo de oferecer
condições adequadas a projetos de reintrodução e soltura destas espécies em
áreas de recuperação ambiental”, disse Norberto.
Harpia
Embora não seja a
maior das aves predadoras do planeta, a Harpia é conhecida como a mais forte. A
espécie pode medir até 2,30m de envergadura e a fêmea, que é maior que o macho,
pode chegar a pesar 9 kg
e 90 cm
de altura. No Brasil, além de ser encontrada na Floresta Amazônica, esta ave
pode ser localizada na Mata Atlântica e no Cerrado, onde os registros são
escassos.
(Milena Leal)
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