Depois do sucesso da Nota
Fiscal Eletrônica (NF-e), voltada para operações entre pessoas jurídicas, a
Bahia vai adotar a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e), que substituirá
as impressoras fiscais por um documento eletrônico emitido em tempo real. A
NFC-e traz mais segurança e comodidade para o consumidor, por permitir o
recebimento da nota via e-mail e a leitura dos dados via QR-Code.
Para o contribuinte, a
vantagem está na significativa redução de custos, já que estará liberado da
aquisição de hardwares e de uma série de obrigações acessórias, e economizará
ainda no consumo de papel, o que confere à tecnologia apelo ecológico. A NFC-e,
além disso, irá aprofundar a inserção da Secretaria da Fazenda (Sefaz-Ba)
na nova realidade de escrituração processada eletronicamente, conferindo mais
agilidade e eficácia à fiscalização.
A meta, anunciada pelo
secretário da Fazenda, Manoel Vitório, é emitir já no próximo semestre a
primeira NFC-e em estabelecimento comercial sediado na Bahia. Ele explica que a
NFC-e, criada como uma alternativa aos controles fiscais do varejo, é um
projeto nacional instituído pelo Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz) e conduzido por uma das câmaras técnicas do Conselho, o Encontro
Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat).
Inovações digitais
A fim de preparar a equipe
para a execução do projeto, a Sefaz-Ba organizou na tarde de segunda-feira (9)
encontro entre os líderes nacionais, Almerindo Rehen e Newton Oller, e os
servidores fazendários que ficarão responsáveis pela operacionalização do
sistema na Bahia. O encontro aconteceu na Universidade Corporativa do Serviço
Público (UCS - Unidade Fazenda).
O superintendente de
Administração Tributária da Sefaz-Ba, José Luiz Santos Souza, ressaltou que o
modelo está sendo testado em sete estados e constitui mais uma ferramenta do
Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já reúne uma série de
inovações na Bahia, como a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a Escrituração
Contábil Digital (ECD), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e a
própria Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
Atualmente, o Estado, que
reúne cerca de 50 mil contribuintes de ICMS, já emite diariamente 350 mil notas
fiscais eletrônicas entre pessoas jurídicas. Com a Nota Fiscal do Consumidor
Eletrônica, o alcance será muito maior. "Estamos numa fase de
implementação da NFC-e no Brasil, e a Bahia se prepara para mais um importante
passo na modernização das relações com o contribuinte e o cidadão",
destaca José Luiz.
O auditor fiscal da Sefaz-Ba
e coordenador-geral do Encat, Eudaldo Almeida (Sefaz-Ba), por sua vez, ressalta
que o diferencial da NFC-e em relação aos outros documentos fiscais eletrônicos
é que permite o controle das operações de venda das empresas para o consumidor
final. "Isso possibilita maior redução da sonegação e também maior
transparência. Com a NFC-e, o contribuinte e o cidadão poderão verificar a
qualidade do documento no banco de dados".
Vantagens
Para o consumidor
A leitura do QR-Code, ou
código de barras bidimensional, feita via smartphone, permite que o cidadão
verifique a validade do documento, aferindo se a compra foi realizada dentro
das normas legais. A tecnologia da NFC-e permite ainda que o consumidor receba
o documento diretamente em seu e-mail ou celular, sem necessidade de impressão.
Para o contribuinte: expressiva redução de custos com
dispensa de obrigatoriedade do hardware ECF (Emissor de Cupom Fiscal), uso de
impressora não fiscal, simplificação de obrigações acessórias, a exemplo do
Mapa de Caixa, transmissão em tempo real ou online da NFC-e, Flexibilidade de
Expansão de Ponto de Venda (PDV), integração de plataformas de vendas físicas e
virtuais, uso de novas tecnologias de mobilidade e redução significativa dos
gastos com papel, o que confere apelo ecológico à NFC-e.
Para o Fisco Estadual: a nova tecnologia, ao aprofundar a
inserção da Secretaria da Fazenda na nova realidade de escrituração processada
eletronicamente, vai conferir mais agilidade e eficácia à fiscalização, ao lado
de outras ferramentas do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped),
que já reúne inovações como a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a Escrituração
Contábil Digital (ECD), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e a
própria Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
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