O Bahia
Produtiva faz parte da estratégia do governo estadual para redução das
desigualdades e superação da pobreza em todo o estado. O projeto sucede o
programa Produzir, que está concluindo, no primeiro semestre de 2014, a última
das quatro edições. Desde 1996, o programa, executado pela CAR, atuou no
desenvolvimento das comunidades de 407 municípios do estado, através da
implantação de projetos voltados ao meio rural, beneficiando cerca de 1 milhão
de famílias de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, jovens e
mulheres rurais e comunidades quilombolas e povos indígenas.
Resultados
como a inclusão social e econômica das populações em situação de pobreza do
meio rural e formação do capital social, observados por estudos de avaliação de
impacto do Produzir, foram alguns dos fatores que credenciaram o governo
estadual a propor o Bahia Produtiva. A atuação do novo projeto abrangerá todos
os Territórios de Identidade do estado, exceto a capital baiana, atendendo 416
municípios. Com um investimento total de US$ 260 milhões, serão beneficiadas
150 mil famílias com ações na agricultura familiar (94.215), quilombolas
(12.111), indígenas (3.232), reforma agrária (20.468) e economia popular
(19.974).
O evento,
organizado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa da
Sedir, no Hotel Sol Bahia, no bairro de Patamares, foi aberto com a
apresentação do coral da empresa, Canto da Terra, regido pelo maestro Gilmar
Mendes, e teve a presença de representantes de associações rurais,
cooperativas, lideranças indígenas e quilombolas.
A reunião teve
como objetivo apresentar o Bahia Produtiva – no
vo projeto estadual de ações
voltadas para redução da pobreza e inclusão socioprodutiva no estado. O
projeto, que sucede o programa Produzir, foi apresentado pelo diretor executivo
da CAR, José Vivaldo Mendonça. “Esse encontro é motivo de alegria, de balanço,
de discussões. Iniciamos um novo ciclo, um ciclo de encerramento da operação do
Banco Mundial, no âmbito do programa Produzir, e apontamos para um novo
desafio, que é a consolidação do Bahia Produtiva”, ressaltou.
Mendonça
destacou ainda que o projeto introduz uma série de inovações e aposta,
efetivamente, no aprofundamento do combate à pobreza rural e urbana no estado
da Bahia. “Esse seminário integra uma estratégia que está sendo debatida
com a equipe do Banco Mundial, que se encontra até sexta-feira em missão na Bahia.
“Vamos debater elementos que serão incorporados na nova operação que será
submetida ao Banco, em abril, de forma final, seguindo, depois, então, para
tramitação no governo federal e aprovação no Senado para efetivação do Acordo
de Empréstimo”.
O secretário
de Desenvolvimento e Integração Regional, Wilson Brito, destacou a importância
de um projeto da abrangência do Bahia Produtiva para milhares de famílias,
moradoras das zonas rurais da Bahia. “Vamos investir em inclusão produtiva,
ampliar as parcerias e atuar para melhorar, cada vez mais, a vida do
trabalhador rural. Já conquistamos muito de 2007 até 2014, e continuaremos
fazendo muito mais para garantir desenvolvimento a todos os territórios da
Bahia”, destacou.
Para a
representante do Banco Mundial (BIRD), Fátima Amazonas, o Bahia Produtiva está
diretamente ligado à estratégia de desenvolvimento com inclusão social e
econômica das populações das zonas rurais, com foco em grupos especiais, como
as comunidades indígenas, quilombolas, de fundos de pasto, mulheres e jovens.
Outro aspecto
assinalado por Fátima Amazonas está voltado aos investimentos em saneamento
rural. “Esta é uma decisão bastante estratégica que será feita nos dois Territórios,
onde existam as duas centrais e, também, com a perspectiva de apoio para a
ampliação destas estruturas de gerenciamento dos investimentos e dos sistemas
em outros territórios”.
Segundo a
representante do BIRD, o Bahia Produtiva deverá possibilitar como resultado
final, no prazo de seis anos, uma avaliação, onde serão medidos e identificados
os resultados, efetivamente, alcançados, não só em números gerais quantitativos
e de projetos financiados.
No seminário,
que acontecerá até amanhã (20), serão apresentados os resultados da avaliação
de impacto do programa Produzir. Os dados, obtidos através de pesquisas de
campo, foram levantados pela Funcamp – Fundação de Desenvolvimento da Unicamp.
Estiveram
presentes a superintendente da Conab na Bahia, Rose Pondé, a chefe de gabinete
da Sedir, Eliana Boaventura, o superintendente da CAR, Dernival Oliveira
Júnior, o superintendente da SUAF (Seagri), Wilson Dias, o cacique Anselmo
Tuxá, representando a comunidade indígenas e sociedade civil, dirigentes de
órgãos estaduais, entre outras lideranças municipais e estaduais.
Fonte e foto: Ascom Car
Fonte e foto: Ascom Car
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