Organizadas por vários grupos, manifestações estão confirmadas em pelo
menos 34 cidades de todas as regiões do Brasil. Estão
previstos para a tarde deste sábado vários protestos contra a realização da Copa do Mundo, em todas as regiões do País. Em pelo
menos 34 cidades haverá manifestações, convocadas por meio do Facebook. Em São
Paulo, a reunião ocorrerá no vão livre do Masp, às 17 horas, e até o final da
tarde de ontem 22 mil pessoas haviam sinalizado a intenção de comparecer.
Em Brasília, Belo Horizonte e Vitória (onde os atos deverão ser
realizados em dois locais) são esperadas pelo menos 10 mil pessoas em cada
cidade. Em todas as outras capitais, com exceção de Maceió, também haverá
protesto - em Alagoas o ato está marcado para Arapiraca. A promessa é de que as
reuniões serão pacíficas, sem a presença de grupos como os Black Bloc.
As manifestações estão sendo convocadas por diversos grupos e divulgadas
nas páginas do Anonymous Brasil. Serão, segundo os organizadores, o primeiro de
uma série de protestos contra o Mundial que ocorrerão até julho - inclusive
durante a competição.
Um dos grupos que convida para o ato no Masp questiona o fato de o
Brasil organizar a Copa sem consultar a população, que “é quem vai pagar o
preço”. “Tudo não passa de um grande espetáculo com o dinheiro do
contribuinte”, critica.
De maneira geral, as páginas que convidam para as manifestações contra a
realização do Mundial no Brasil lembram a precariedade do sistema público de
saúde no País, a falta de investimentos na educação, na área de segurança
pública e em obras de infraestrutura. Também questionam os gastos com a
competição, estimados em R$ 33 bilhões, e que superam os custos das Copas de
2006, na Alemanha, e de 2010, na África do Sul.
O governo brasileiro e a Fifa estão preocupados com as manifestações,
principalmente durante a Copa. Um forte esquema está sendo montado para
garantir a segurança da “família Fifa”.
E o governo federal decidiu, no início do mês, designar dois
funcionários para reforçar as conversas com grupos contrários à realização da
Copa.
O Estado de S. Paulo
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