De
acordo com o prefeito de Ibicaraí e presidente da Associação dos Municípios do
Sul, Extremo Sul e Sudoeste Baiano - Amurc, Lenildo Santana, especialistas
apostavam no mês de abril como o segundo melhor mês do ano em arrecadação, mas
acabou sendo um período tão ruim quanto março. Segundo dados da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), o total do repasse referente ao 3º decêndio de
abril foi de R$ 1.509.696.283,94, em valores já descontados e destinados a
Educação.
Em
valores brutos, incluindo a retenção do Fundeb, o montante é de R$
1.887.120.354,93. Este repasse é 3,56% menor do que a estimativa divulgada pela
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) no início do mês. Com esse resultado o mês
de abril fechou com o montante de R$ 5.046.858.300,30, valor, em termos reais,
19% menor do que o distribuído em abril do ano passado.
Diante
da diminuição do repasse financeiro, Lenildo chama a atenção de todos os
prefeitos municipais. “É um cenário que obriga aos gestores a conter todas as
despesas que eles têm. Não iniciar novos serviços, fazer toda uma reprogramação
financeira porque senão, vai acabar chegando num período em que terá que parar
por uma questão de falta de pagamento”, alertou.
Decisões
O cenário não é nada animador para os
municípios brasileiros que desde o início do ano vem tendo uma grande redução
na arrecadação de impostos repassados pelo Governo Federal. A frustração
ocorrida no mês de abril foi grande, chegando a 19 % menor em relação ao ano
passado. No Sul da Bahia, onde a maioria dos municípios tem como fonte
principal de receita o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o futuro é
incerto e preocupante
No
encontro entre líderes municipalistas realizado em meados do mês de abril, em Canela,RS. Ficou definido que a queda no
repasse do FPM será um dos temas a serem debatidos na 16ª Marcha a Brasília,
prevista para a primeira quinzena do mês de julho. Antes, está programada para
o mês de maio, uma série de encontros nos Estados para discutir a temática e
chamar a atenção do Governo Federal para uma ação nesse sentido, “pois se não
houver certamente os município estarão, até o final do ano em uma situação de
falência”, concluiu Lenildo Santana.
Texto e foto: Ascom AMURC
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