Um feriadão como o da Semana Santa (de 29 a 31 de março) convida a um
passeio cultural e histórico pelas igrejas. Em Salvador, onde, reza a lenda, há
um para cada dia do ano, o que não falta é templo para visitar. As construções
abrigam o melhor da arte sacra brasileira, exemplos da arquitetura e mobiliário
religioso dos séculos passados, a curiosidade dos ex-votos de pagadores de
promessa e até túmulos de personagens históricos.
Na antiga Salvador, era costume ‘correr as sete igrejas’ na Sexta-Feira
da Paixão, como forma de “confirmar a fé e o jejum, fazer pedidos e agradecer
as graças alcançadas”, explica a advogada e radialista Nilza Silva Nascimento,
72 anos. Ela faz a peregrinação desde criança, acompanhando membros da família,
e recorda que bastava o Centro Histórico, via Avenida Sete de Setembro, para
cumpri-la totalmente.
Quem quiser fazer o roteiro baseando-se no costume popular das sete
igrejas, em Salvador, tem várias opções. Além do centro (Avenida Sete-Centro
Histórico), há o do Centro Histórico-Cidade Baixa, onde estão ícones como as
basílicas da Conceição da Praia (Comércio), Bonfim (bairro do Bonfim) e o
Santuário da Bem-Aventurada Irmã Dulce dos Pobres, com o museu memorial da
freira, no Largo de Roma.
No roteiro, há uma série de curiosidades. Na famosa Igreja do Bonfim
(Cidade Baixa), o Museu de Ex-Votos apresenta peças raras, como uma bala de
artilharia aérea da Segunda Guerra Mundial, datada de 1939, joias, esculturas
em madeira e cera, além de muitas fotos. Já na Igreja da Ordem Terceira de São
Francisco, está o único registro de Lisboa antes do terremoto de 1755.
uas/om 25.3.13
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