Pré-candidata à reeleição em 2014, a presidente
Dilma Rousseff acatou os conselhos do antecessor e padrinho político Luiz
Inácio Lula da Silva e alterou a agenda para intensificar o corpo a corpo com
empresários, representantes de movimentos sociais, sindicalistas e partidos da
base governista. Desde janeiro, a presidente mudou a forma de se relacionar com
setores da sociedade.
Deixou de lado o perfil mais técnico e passou a
adotar estilo parecido com o de Lula, que comandava as relações políticas do
governo de seu gabinete no Planalto. A mudança ocorreu após conversas com Lula
ao final de 2012, em Paris, e no último dia 25, em São Paulo. Nas ocasiões, os
dois traçaram estratégias para este ano e discutiram 2014. O ex-presidente
manifesta preocupação com o baixo crescimento do País e o isolamento do
governo, que teriam implicações negativas no seu plano de reeleger de Dilma.
Logo após se encontrar com Lula em São Paulo, Dilma
mudou o tom. Em cima de um palanque, enalteceu resultados dos programas sociais
iniciados pelo antecessor e disse que o Brasil crescerá. Dias depois, em
Sergipe, criticou a política energética do tucano FHC. O ataque foi uma
resposta à direção do PSDB, que classificou como "antecipação de
campanha" o anúncio da redução no valor da energia elétrica feito em rede
nacional.
Na semana passada, começou a colocar em prática a
aproximação com os movimentos sociais. Na segunda-feira, visitou - pela
primeira vez desde que assumiu a Presidência - um assentamento do MST. No
interior do Paraná, ouviu críticas à política de reforma agrária, mas também
aplausos e um coro de "Dilma novamente", em referência a 2014. As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
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