O
mercado alternativo de criação de aves é uma fonte extra de renda para homens e
mulheres no campo. Nesse contexto, o ‘Projeto de Fomento para Criação de Aves’,
da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretária da
Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), fortalece a estrutura, a logística
e a conservação produtiva do sistema.
Segundo a zootecnista e chefe do Departamento de
Desenvolvimento de Pecuária (DDP) da empresa, Isa Porto, o incentivo à
avicultura caipira familiar, com o uso de tecnologias específicas e assistência
técnica garantirá suporte aos produtores, “nesse momento em que todos trabalham
para garantir a sustentabilidade da agricultura familiar”.
Para implantar criatórios que impulsionem a
exploração da atividade no semiárido da Bahia, a criação de galinhas caipiras
em comunidades rurais é mais uma alternativa de atividade para melhorar a renda
de agricultores familiares. Em regiões mais vulneráveis de adversidades
climáticas, os animais podem servir como fonte de renda, por meio da venda da
carne e de ovos, e de alimentação para os criadores.
Com esse projeto, a EBDA
pretende proporcionar um aumento de 400 toneladas na produção de carne, e de
562 mil dúzias de ovos caipiras, no primeiro ano do projeto. A criação das aves
será dentro do sistema semi-intensivo, no qual os animais ficam soltos durante
o dia, no piquete, e são recolhidos à noite, no galinheiro. Este sistema é
ideal para a produção de alimentos saudáveis e atende ao consumidor que procura
por estes produtos.
Técnicos
da EBDA responsáveis, em cada município, pelo cadastramento do público a ser
atendido fazem a instalação dos criatórios e treinamentos para orientar os
agricultores familiares sobre o manejo alimentar e sanitário dos animais. A
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) prestada por meio de visitas aos
estabelecimentos rurais é uma das principais atividades. “Nas instruções
alia-se rigorosamente tecnologia para um bom desempenho da atividade e a
correta instalação de galinheiros e piquetes, e também de bebedouros,
comedouros e ninhos, necessários para a criação de galinhas”, explica o médico
veterinário, Genival Magalhães.
A contribuição da
agricultura familiar para o Produto Interno Bruto (PIB) baiano é de 11%. Dados
do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apontam que a Bahia é o estado
com o maior número de agricultores familiares. São 665 mil propriedades rurais,
número que corresponde a 87% dos empreendimentos agropecuários.
Todos
esses números mostram o potencial do programa na vida dessas pessoas. Além de
todos os benefícios, a previsão é que sejam atendidas dez mil famílias, até
dezembro, em 50 municípios no estado. Oito mil criarão aves de corte e duas mil,
de postura, para produção de ovos de boa qualidade. Para cada família, a
empresa disponibilizará 25 pintos. No total, serão distribuídos 50 mil
pintainhos de postura e 200 mil de corte, além da disponibilização de insumos -
ração, vacinas, bebedouros e comedouro.
24/05/12
Rãs/is
Nenhum comentário:
Postar um comentário