Em matéria divulgada no Estadão nesta segunda-feira (14), o movimento anticorrupção no Brasil, volta a se manifestar nesta terça, feriado de 15 de novembro em 35 cidades de vários estados brasileiro.
“Desta vez nós não temos os sindicatos, as associações de classe, a UNE, não temos partidos políticos. Nós temos uma manifestação genuinamente da sociedade, independente, apolítica, que não pode ser comprada pelo governo nem com cargos nem com recursos públicos, é precisamente a falta de liderança institucionalizada que fortalece o movimento”. É o depoimento de Gil Castello Branco, fundador de uma organização que fiscaliza os gastos do governo.
A fim de evitar as críticas, dez grupos responsáveis pelas marchas anticorrupção que foram às ruas nos feriados de 7 de setembro e 12 de outubro decidiram unir forças. A primeira ação conjunta foi agendar um novo protesto para amanhã. Desta vez, o movimento planeja ações em pelo menos 35 cidades. Além disso, os organizadores preparam, via redes sociais, um 'Manifesto Nacional' para ser levado ao Congresso.
A criação do manifesto é uma tentativa de encontrar propostas no entorno das quais o movimento possa se congregar para acabar com uma das principais críticas ao movimento: a falta de demandas políticas claras. Uma página foi aberta no Facebook para que as pessoas decidam quais reivindicações devem constar no documento. Qualquer um pode opinar. Até ontem, havia mais de 100 sugestões na lista de propostas. As favoritas são a aprovação da lei que transforma corrupção em crime hediondo, a destinação de 10% do PIB para educação e o fim do foro privilegiado para políticos.
'Esse manifesto vai reunir várias proposições. A idéia é conseguir 1 milhão de assinaturas', conta Daniella Kalil, que organiza os protestos em Brasília.
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